(3.3-6)
João morava no deserto, de onde viajava por toda a região dos dois lados do rio Jordão. Ele pregava a necessidade do arrependimento para o perdão dos pecados e batizava os que aceitavam sua mensagem. Sobre ele, o profeta Isaías dissera:
“Eis o que pregará a voz no deserto:
‘Preparem o caminho do Messias.
Arrependam-se dos seus pecados.
Quando o Salvador chegar,
Ele completará o que falta,
Para que a verdade fique clara para todos.
Todas as necessidades serão supridas,
Todas as dificuldades serão vencidas,
Para que humanidade possa reconhecer
O Messias enviado pelo Deus Eterno
Para a salvação de todos os seres humanos’”.
(3.7-14)
Resumidamente, a mensagem de João a todos que o procuravam para ser batizados era a seguinte:
— Vocês são cobras perigosas. Vocês acham que podem escapar ao julgamento divino? Não podem. Vocês precisam se arrepender e viver de modo que mostre que se arrependeram. Não adianta ficarem orgulhosamente dizendo “Abraão é o nosso pai”. Na verdade, é Ele quem diz quem é filho dele, não a tradição religiosa.
Ele também pregava:
— Para que serve uma árvore frutífera. Para dar frutos. Se não der, a árvore será cortada e usada como lenha no fogo. Preparem-se! O julgamento vai começar.
As pessoas perguntavam:
— Como demonstraremos que nos arrependemos?
João ensinava:
— É simples, meus irmãos. Quem tiver duas mudas de roupa, pegue uma e doe a quem não tem nenhuma. Quem tiver comida distribua com quem não tem.
Até os funcionários públicos encarregados de arrecadar impostos procuravam por João:
— Mestre João, e quanto a nós, como devemos agir?
João respondia:
— Só cobrem os impostos realmente devidos, sem nada aumentar.
Os militares também vinham ao seu encontro:
— Tem algo para nos dizer, mestre?
João tinha:
— Não sejam prepotentes. Não produzem boletins de ocorrências que não aconteceram. Não tomem dinheiro de ninguém. Vivam com o salário que recebem.