Lucas 8
(8.1-3)
Ao longo do seu ministério, Jesus andava de cidade em cidade, de vila em vila. Ele anunciava o evangelho da graça de Deus.
Ele era acompanhado pelos 12 apóstolos e por algumas mulheres, agradecidas por Jesus lhes terem curado ou liberto dos demônios. Eis os nomes de algumas delas: Maria Madalena, de quem Jesus expulsara sete demônios; Joana, que era esposa de Cuza, advogado de Herodes, e Souza. Todas elas tinham recursos materiais, os quais usavam para ajudar Jesus e seus apóstolos.
(8.4-15)
Algum tempo depois, diante de pessoas de Cafarnaum e de outras vindas de diferentes cidades da região, Jesus lhes contou uma história:
“Era uma vez um trabalhador do campo. Ele saiu plantando sementes.
Algumas sementes caíram à beira da estrada e não cresceram porque os pássaros as comeram.
Outras sementes caíram entre as pedras. Elas chegaram a crescer, mas pouco depois se secaram com a falta de água.
Outras sementes caíram entre os espinhos. Eles cresceram, mas os espinhos cresceram mais e as sufocaram.
Por fim, outras sementes caíram numa terra fértil. Essa cresceram, mas cresceram muito mesmo”.
Tendo contado a história, perguntou:
— Vocês prestaram atenção?
Os discípulos lhe pediram para explicar a história, que ele mesmo chamava de “parábola”.
Jesus explicou:
— Para vocês, eu mostro através de parábolas o que é graça de Deus. Para os outros, eu não conto estas histórias, porque não querem ouvir, nem entender.
Jesus continuou:
— Vou lhes explicar o significado da parábola que contei: as pessoas são como as sementes.:
“Algumas pessoas são como as sementes da beira do caminho; elas ouviram mas o diabo veio e lhes arrebatou do coração a palavra que escutaram, porque ele não quer que creiam e sejam salvas.
Outras pessoas são como as sementes sobre as pedras. Elas ouviram a palavra e até a receberam com alegria; como não têm raiz, não resistem à provação e se afastam.
Outras são como as sementes nos espinheiros. Elas ouviram, mas, com o passar do tempo, acabaram sufocadas com as preocupações, com as riquezas e com os prazeres da vida; até dão frutos, mas eles não amadurecem.
Ainda bem que há pessoas que são como as sementes que caíram na terra boa. Elas ouviram com a atitude certa e guardaram a palavra no coração. Elas dão frutos que permanecem”.
(8.16-18)
Sobre a natureza o seu ministério, Jesus acrescentou ainda:
— Tudo o que eu ensino é claro. Eu não acendo uma vela e depois a abafo ou escondo debaixo da cama. Na verdade, eu acendo a vela e a coloco num lugar em que possa iluminar toda a casa. Não quero que ninguém tropece.
Por um pouco, eu agora falo por parábolas, mas logo tudo será dito claramente. Nada ficará secreto. Tudo será revelado.
Por isto, eu lhes peço: prestem atenção no que eu digo agora. Quando chegar a hora de vocês falarem, será grande a sua responsabilidade. Vocês aprenderam muito para ensinarem muito. Não falhem. Não percam a oportunidade de ensinar o que aprenderam. O mundo precisará de vocês”.
(8.19-21)
Certo dia, Maria, a mãe de Jesus, junto com seus filhos, procuraram por Jesus e encontraram numa casa. Tentaram entrar, mas não conseguiram, porque tinha muita gente em volta dele.
Foi quando lhe deram um recado:
— Mestre, sua mãe e seus irmãos estão lá fora e querem conversar com o senhor.
Jesus, porém, respondeu:
— Minha mãe e meus irmão são meus familiares por laços de sangue, mas vocês podem fazer parte da minha espiritual, se ouvirem e praticarem a palavra de Deus que lhes ensino.
(8.22-25)
Algum tempo depois, Jesus e seus apóstolos pegaram um barco no mar da Galileia.
Jesus, então, lhes pediu:
— Vamos atravessar o lago, até o outro lado.
Assim foram.
Enquanto navegavam, Jesus dormiu.
Pouco depois, uma tempestade se formou e se abateu sobre o barco, que ameaçava naufragar.
Aprovados, os apóstolos acordaram Jesus, aos gritos:
— Mestre! Mestre! Acorda! Vamos todos morrer!
Jesus acordou, levantou-se e repreendeu o vento em sua força e as ondas em sua fúria.
Tudo passou e a calmaria voltou.
Depois disto, Jesus perguntou aos apóstolos:
— Onde está a fé que vocês têm?
Cheios de fé e admiração diante do que viram, eles não responderam, mas entre si perguntavam:
— Vocês viram? Ele manda na natureza. Até os ventos e as ondas lhe obedecem?