Salmo 79
CÂNTICO DA DESOLAÇÃO
(79.1-4)
Olha, ó Deus,
O que fizeram conosco:
Invadiram nossa cidade,
Profanaram o templo a ti decaído,
Reduziram tudo a escombros.
Pegaram nossos mortos
E deixaram que os urubus os devorassem,
Que os animais selvagens os comessem.
O sangue de nossa gente coalhou o chão.
Nossos mortos foram abandonados sem ser sepultados.
Todos os nossos vizinhos riem e zombam de nós.
(79.5)
Até quando, oh Deus Eterno,
Sofreremos?
Pelo resto da vida?
Não nos perdoarás?
(79.6-7)
Queremos que castigues,
Não a nós, que te amamos,
Mas aos que não te amam,
Nem têm comunhão contigo.
Afinal, eles nos devoraram
E derrubaram nossas casas.
(79.8)
Não cobres de nós
Os pecados dos nossos antepassados.
Vem logo ao nosso encontro,
Em terna compaixão,
Porque estamos desolados.
(79.9-11)
Tu és o nosso Deus e nosso Salvador.
Ajuda-nos, como sempre tens feito.
Liberte-nos.
Perdoa os nossos pecados,
Por teu grande amor para conosco.
Não permitas que nossos opressores
Duvidem de tua existência.
Mostra-lhes o teu poder
Até que te vejam em ação.
Faze justiça,
Porque sangue inocente foi derramado.
Ouça o gemido de nossa gente que sofre,
De nossa gente que espera a morte.
Mostra o teu poder.
(79.12)
Retribua, oh Deus Eterno,
Aos nossos vizinhos.
Retribua-lhes sete vezes mais
Os males que nos impuseram
Para te afrontar.
(79.13)
Quanto a nós, saiba oh Deus Eterno,
Somos e seremos teu povo
E tu nos guias e nos guiarás.
Para sempre te agradeceremos.
Agora e no futuro,
Em tua honra cantaremos.