106
LAMENTO UM POVO QUE NÃO MUDA
(106.1-3)
Aleluia!
Agradeçam ao Deus Eterno,
Porque Ele é bom,
Porque a sua graça dura para sempre.
Ninguém consegue contar
Tudo o que o Deus Eterno nos faz,
Ninguém consegue registrar
Toda a necessária gratidão.
Felizes os que vivem corretamente
Como um permanente estilo de vida.
(106.4-5)
Por isto, oh Deus Eterno, eu te peço
Que me incluas na galeria dos abençoados por ti,
De modo que eu experimente a tua bondade
E veja o bem que fazes
E me alegre com a alegria do povo
E me sinta parte deste povo que abençoas.
(106.6)
Somos pecadores, oh Deus.
E não é de agora
Que temos errado.
(106.7-12)
No Egito, nossos ancestrais
Não entenderam o que fazias,
Como se não fossem todos livramentos teus.
Quando estavam para atravessar o mar Vermelho,
Reclamaram pesadamente,
Mas assim mesmo os tiraste
Das mãos dos inimigos que com ódio os perseguiam.
Os adversários foram todos levados pelas águas,
Sem que ninguém escapasse.
Só depois disto teus filhos acreditaram.
Só depois disto teus filhos te louvaram.
(106.13-15)
Só que logo se esqueceram
Do que receberam do Deus Eterno
E passaram a exigir,
em lugar de esperar.
Receberam as águas que exigiram,
Mas vieram terrivelmente amargas.
(106.16-18)
Em outro momento, em Datã,
Em lugar de cultuar
Como Moisés e Arão ensinaram,
Fizeram de um jeito profano
E o fogo indigno que acenderam
Devorou a turma de Abirão.
Todos morreram.
(106.19-
Em Horebe, fizeram de ouro um bezerro
E, como se fosse Deus, o adoraram.
Trocaram o Deus Eterno cheio de glória
pela estátua de um touro que come capim.
Eles se esqueceram do Deus Salvador,
Que os tirara poderosamente do Egito,
Que os atravessara pelo mar Vermelho.
Não fosse Moisés, por Deus escolhido
Para os liderar, ter intercedido,
Pedindo graça sobre graça,
Teriam todos morrido.
(106.24-27)
Eles acharam que a promessa da terra
Não se concretizaria,
Como se o Deus Eterno tivesse metido.
Duvidaram. Reclamaram. Murmuraram.
Estavam perto de chegar
Mas não quiseram ouvir o Deus Eterno lhes falar.
Então, o Deus Eterno mudou a promessa
E garantiu que deixaria todos pelo caminho
Já que não queriam ouvir sua voz.
Depois, não reclamassem de serem espalhados,
Eles e todos os seus descendentes.
(106.28-31)
Mas continuaram na idolatria.
Em Baal-Peor, participaram de festas
Em honra dos deuses mortos.
Foi demais.
O Deus Eterno lhes mandou uma peste
Que só cessou quando Finéas puniu os culpados.
É por isto que Fineias é lembrado de então
como um herói de verdade.
(108.32-33)
E não acabou.
Em Meribá, perto das águas jorradas,
Eles irritaram ao Deus Eterno de tal modo,
Que Moisés foi duramente punido
Quando falou sem pensar
E agiu sem meditar.
(108.34-39)
Assim mesmo entraram da terra prometida,
Mas não expulsaram os povos,
Como era a ordem divina recebida.
Eles se misturaram com as tribos da terra,
Adotando seus costumes.
Caíram na armadilha avisada.
Seus filhos se casaram com os cananeus.
As criancinhas que nasceram eram sacrificadas
Nos altares imundos de Canaã.
Eles se contaminaram.
Eles adulteraram com os deuses.
(106.40-46)
É por isto que o Deus Eterno se indignou.
Foi demasiada a abominação.
E Ele os entregou às suas paixões,
Dominados pelas nações
Que os odiavam mortalmente,
Quando eram subjugados e oprimidos.
Oo Deus Eterno os libertava,
Mas eles não mudavam;
Era a maldade que amavam.
Quando ficaram angustiados,
Oram ao Deus Eterno como Senhor,
Ele ouviu o seu clamor,
Usou novamente de graça,
Fiel em sua Aliança.
Compassivo, os perdoou
E fez com que seus algozes
Por eles também tivessem amor.
(106.47-48)
Então, nós te pedimos:
Salva-nos, Iavé.
Reúne-nos de novo
Para que te agradeçamos,
Para que nos alegramos,
Para que te louvemos.
Bendito seja Iavé,
O Deus Eterno de Israel,
O Deus Eterno da humanidade
Que nele crê.
A cada dia todos digam:
“Amém!”.
Aleluia!