O NATAL DE JESUS
A história do nascimento de Jesus contada pelos historiadores Mateus, Lucas e João
“A VIDA COMEÇOU COM JESUS”
(João 1.1-5)
Desde sempre, Jesus existe.
Ele sempre esteve ao lado de Deus. Ele era Deus.
Jesus sempre esteve em ação e participou da obra da criação.
Na verdade, o mundo foi criado por intermédio de Jesus. Tudo passou a existir a partir dele.
A vida começou com ele. A partir dele, os seres humanos puderam ver.
Como uma estrela, ele brilhou nas trevas, que foram transformadas em luz.
“A LUZ, QUE É JESUS, ESTAVA AGORA VIVENDO NO MUNDO”
(João 1.6-11)
Para falar de Jesus, o Deus Eterno enviou um profeta ao mundo. Seu nome era João e as pessoas o conheciam como João Batista.
Ele falou sobre a luz que é Jesus. Ele queria que todos cressem nesta luz. Por isso, não sendo a própria luz, falava da luz, luz que podia iluminar a humanidade toda.
A luz, que é Jesus, estava agora vivendo no mundo, mundo que ajudou a formar, mas que o ignorava. Até mesmo as pessoas que deviam conhecê-lo não o reconheciam.
A FAMÍLIA DE JOÃO
(Lucas 1.5-7)
Entre os anos 37 a.C. e 4 d.C., em que Herodes, o Grande, era o rei da Judeia, viveu em Jerusalém um sacerdote de nome Zacarias.
Ele trabalhava no Templo, seguindo um plantão conhecido como “escala de Abias”, um sumo sacerdote que viveu no tempo do rei Davi, há muitos séculos.
Zacarias era casado com Isabel, que também era uma descendente de Arão, o primeiro sacerdote de Israel.
O casal amava o Deus Eterno e vivia de modo irrepreensível, seguindo fielmente todos os mandamentos da legislação mosaica vigente. Os dois, que não tinham filhos porque Isabel era estéril, já eram bem idosos.
A PROMESSA DE UM FILHO AO CASAL ISABEL E ZACARIAS
(Lucas 1.8-25)
Num dia em que Zacarias estava no seu plantão no Templo em Jerusalém, foi feito o tradicional sorteio que definia o nome do sacerdote que entraria na área consagrada à queima do incenso. E o privilégio coube a Zacarias.
Enquanto isso, na área pública do Templo, todos os participantes do culto oravam.
Zacarias estava em pé, do lado direito do altar do incenso, quando um anjo do Deus Eterno lhe apareceu. O sacerdote ficou apavorado, achando que iria morrer, mas o anjo o tranquilizou:
— Zacarias, não fique com medo. Você orou ao Deus Eterno por um filho. Saiba, então, que Isabel ficará grávida. Vocês terão um menino e você porá nele o nome de João.
Como o sacerdote ainda parecia preocupado, o anjo continuou:
— Alegre-se, Zacarias. A felicidade chegou para vocês; para vocês e para muita gente. Seu filho João será especial para o Deus Eterno. Ele nunca beberá vinho ou qualquer outra bebida alcoólica, pois ele será cheio do Espírito Santo desde o momento de sua concepção. Por meio dele, muitos israelitas se voltarão para o Deus Eterno, reconhecendo-o como o Senhor de suas vidas.
Olhando mais firme para Zacarias, o anjo prosseguiu:
— Seu filho viverá como viveu Elias no passado. Por causa de sua mensagem, muitas famílias voltarão a viver em amor, muitas pessoas desorientadas passarão a fazer o que é certo e todos os israelitas saberão como devem proceder.
Zacarias interrompeu o anjo:
— Tudo bem, mas como posso ter certeza de que isto vai acontecer? Eu sou velho, minha esposa está velha. Como vamos ter um bebê?
O anjo lhe respondeu:
— Zacarias, Zacarias, eu sou Gabriel. Estou a serviço do Deus Eterno, que me enviou do céu para conversar com você e lhe dar esta bela notícia. Por que você duvida?
Zacarias nada respondeu.
O anjo continuou:
— Para que cesse de duvidar, você ficará mudo até o dia em que o menino nascer. Aguarde e você verá acontecer tudo o que acabo de lhe dizer.
Como a conversa se prolongou, Zacarias ficou na área do altar por mais tempo que o costume. O povo esperara impaciente a continuidade da celebração.
Então, Zacarias apareceu onde o povo ficava. Como ele não disse uma palavra sequer e se comunicava por meio de sinais, as pessoas concluíram que o sacerdote tinha tido uma visão.
Assim que terminou o tempo de sua escala, Zacarias voltou para casa.
Pouco depois, Isabel ficou grávida.
Por precaução, ela ficou durante cinco meses em repouso sem sair de casa. Muito feliz, ela agradecia ao Deus Eterno assim:
— Oh, Deus Eterno, eu te agradeço pela bênção que me concedes. Quando meu filho nascer, todos vão me respeitar como mulher.
MARIA
(Lucas 1.26-38)
Quando Isabel, que morava em Jerusalém estava no seu sexto mês de gestação, o Deus Eterno enviou o anjo Gabriel para outra missão.
Ele foi ao encontro de uma virgem, que morava em Nazaré, distante dali 150 km no sentido norte, na Galileia. Ela era noiva de José, um descendente do rei Davi. O nome da moça era Maria.
Quando a encontrou, o anjo lhe disse:
— Olá, abençoada. O Deus Eterno está com você.
Ela ficou perturbada com o que ouviu, sem entender o que significavam aquelas palavras. O anjo, porém, a acalmou:
— Maria, não fique com medo. O Deus Eterno a está abençoando. Fique tranquila.
Maria ficou mais calma. O anjo prosseguiu:
— Você ficará grávida. O filho que você terá deverá receber o nome de “Jesus”. Ele será grande e viverá como Filho do Altíssimo Deus Eterno. Ele será o sucessor do rei Davi, de cuja família vocês fazem parte. Ele será para sempre o rei de Israel. Ele nunca deixará de ser rei.
Maria entendeu, mas questionou:
— Só tem um problema: como ficarei grávida, se nunca mantive relações com homem algum?
O anjo lhe respondeu:
— Maria, fique tranquila. Vou lhe dizer o que vai acontecer: o Espírito Santo entrará no seu ventre e envolverá você com o poder do Altíssimo Deus Eterno. Seu filho será também o Filho do Deus Eterno.
Maria ouvia, atônita. O anjo continuou:
— Vou lhe contar uma novidade: Isabel, sua parente que vive em Jerusalém, está grávida, apesar de ser idosa. Ela está no sexto mês de gestação.
Antes que Maria dissesse alguma coisa, o anjo garantiu:
— Maria, para o Deus Eterno o impossível não existe.
Então, Maria exclamou:
— Aqui estou para trabalhar para o Deus Eterno. Que ele faça comigo o que quiser, como acabo de ouvir.
E o anjo foi embora.
A VISITA DE MARIA A ISABEL, EM JERUSALÉM
(Lucas 1.39-45)
Assim que foi possível, Maria arrumou a mala e seguiu em direção a Jerusalém, na região montanhosa de Judá, no sul de Israel.
Quando ela chegou à casa do casal e fez sua saudação, o bebê que estava no ventre de Isabel se mexeu fortemente. Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, exclamou, empolgada:
— Olá, Maria, mulher bendita é você. Bendito é também o bebê que você está esperando. Para mim, é uma grande honra receber na minha casa a mãe do nosso Messias.
Enquanto ainda se cumprimentavam, Isabel acrescentou:
— Maria, vou lhe dizer o que acaba de acontecer comigo. Assim que você me cumprimentou, senti que meu bebê estremeceu de alegria no meu ventre. Que coisa maravilhosa. Feliz é você por ser uma mulher de fé. Tudo o Deus Eterno lhe revelou vai acontecer.
A ALEGRIA DE MARIA
(Lucas 1.46-56)
Então, Maria falou sobre o que sentia, citando várias passagens da Bíblia hebraica:
“Estou muito feliz diante do meu Senhor.
Nele encontro alegria plena.
Ele olhou para mim,
Sendo eu tão pequena,
E me abençoou.
Por causa disto, meu nome ficará na história
Como uma mulher cheia de felicidade.
Grandes coisas o Deus Eterno me tem feito.
Eu celebro a sua bondade.
Eu celebro a sua misericórdia,
Que jamais acaba.
Trago na minha memória
Que ele é mesmo poderoso
E desfaz o plano de quem é vaidoso.
Ele tira dos tronos os insolentes
E valoriza os humilhados mas crentes.
Os famintos são alimentados,
Os ricos são desprezados.
Foi ele quem, fiel à promessa
Que fez a Abraão, nosso patriarca,
Protegeu Jacó e todos os seus descendentes,
Desde os tempos antigos até agora,
Pela vontade de sua Graça”.
Maria ficou hospedada durante três meses na casa de Isabel. Depois, voltou para a casa em Nazaré.
O NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA
(Lucas 1.57-66)
No final de sua gestação, Isabel teve um filho. Seus parentes e vizinhos se alegraram diante da bênção recebida por parte do Deus Eterno.
Como era o costume, no oitavo dia de vida, o menino precisava ser circuncidado. Os parentes e vizinhos acompanharam os pais dele até o lugar do procedimento. Nesse momento, o menino também recebia seu nome.
Surgiu uma discussão porque os parentes e vizinhos queriam que o bebê se chamasse Zacarias, em homenagem ao pai. Isabel não concordou.
— “Zacarias”, não. De jeito nenhum! O nome dele será “João”.
Os parentes e vizinhos protestaram:
— Que novidade é essa? Não tem ninguém na sua família com esse nome.
Então, apelaram para o pai e, por meio de sinais, perguntaram-lhe que nome preferia. Para responder, ele pediu uma tabuleta de madeira onde pudesse escrever. Ele escreveu:
— João.
E a discussão terminou.
Nesse exato momento, Zacarias recuperou a fala e da sua boca saíram cânticos de louvor ao Deus Eterno.
Seus vizinhos ficaram cheios de alegria e fé.
A notícia correu por toda a Jerusalém e pelas cidades próximas.
A curiosidade sobre o futuro de João crescia a cada dia.
E o Deus Eterno cuidava do menino.
A ORAÇÃO DE ZACARIAS
(Lucas 1.67-80)
Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, proferiu a seguinte oração:
“Bendito sejas, oh Deus Eterno, o Deus em que Israel crê.
Bendito sejas porque vieste até nós para nos libertar.
Plena e poderosa é a tua presença entre nós,
Os descendentes de Davi, o rei que te serviu.
Bendito sejas porque cumpres tuas promessas,
Como anunciadas por teus antigos profetas.
Bendito sejas porque nos libertas
Das mãos dos que planejam e executam a maldade,
E não apenas no passado,
Não apenas na história,
Mas também agora,
Porque o que disseste a Abraão
Vale para hoje também:
Seremos livres para adorar,
Seremos livres para crer,
Firmes na santidade e na justiça,
Como o Senhor mesmo requer”.
Depois, voltou-se para o filho e disse:
“Quanto a você, João, meu filho amado,
Profeta por todos você será considerado
Porque você preparará o caminho para o Messias.
Sempre falarás em nome do Todo-poderoso,
Para que em Israel haja salvação,
Para que em Israel haja confissão,
Para que em Israel acha perdão.
Por tua boca saberemos que o Deus Eterno
estará para sempre conosco,
em carne e o osso,
Para que vejamos o sol da justiça brilhar
E possamos viver finalmente em em paz”.
E João crescia, firme e forte, junto com os seus pais.
Alcançando a juventude, passou a viver no deserto, de onde saía para pregar por toda a terra de Israel.
O NASCIMENTO
(Mateus 1.18-25a)
Maria, a mãe de Jesus, e José eram noivos.
Antes de se casarem, ela ficou grávida, não de José, mas do Espírito Santo.
Seu noivo, José, decidiu não tornar pública a notícia da gravidez da noiva e preferiu deixá-la, sem que as pessoas ficassem sabendo e a difamassem.
No entanto, antes que ele pusesse este plano em ação, um anjo do Deus Eterno foi ao seu encontro por meio de um sonho.
No sonho, um anjo lhe disse as seguintes palavras:
— José, descendente de Davi, não tenha medo de se casar com Maria. O bebê que ela espera foi gerado pelo Espírito Santo. Maria terá um filho e o seu nome deverá ser Jesus, que significa “o Deus Eterno salva”. Sim, Jesus libertará o povo do poder do pecado.
Todas essas coisas aconteceram como foi previsto pelo próprio Deus Eterno através do profeta Isaías, que disse [sete século antes]:
“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, que será conhecido pelo nome de Emanuel”.
(Emanuel é uma palavra hebraica que significa “o Deus Eterno está conosco”.)
Quando acordou, José agiu exatamente como o anjo do Deus Eterno havia dito. Ele se casou com Maria, mas não não se deitou com ela até o nascimento do bebê.
VIAGEM DO CASAL MARIA E JOSÉ A BELÉM
(Lucas 2.1-7)
César Augusto, imperador romano do ano 27 a.C. a 14 d.C., tinha determinado que toda a população do Império fosse recenseada.
Por ocasião deste recenseamento, que foi o primeiro, Públio Quirino governava a Síria, que incluía a terra de Israel.
Assim, na terra de Israel, todas as pessoas tinham que retornar à cidade em que nasceram e ali se alistarem.
Por isso, José, como outros fizeram, saiu de Nazaré, na Galileia, e foi para Belém, também conhecida como “cidade de Davi”, distantes 150 km entre si. José, que era descendente de Davi, levou sua esposa Maria, que estava grávida.
Algum tempo depois de chegarem a Belém, chegou a hora de o bebê nascer. Como estava ocupado o quarto de hóspedes no segundo pavimento da casa em que se encontravam, Maria teve o seu primeiro filho no andar térreo. Ela vestiu o menino e o colocou na manjedoura onde geralmente os animais vinham se alimentar nos fundos da casa.
O NOTÍCIA DO NASCIMENTO DE JESUS
(Lucas 2.8-20)
Em Belém, havia uma região de pastagem, onde os pastores moravam para cuidar dos rebanhos, dia e noite.
Na noite do nascimento de Jesus, um anjo apareceu aos pastores. Eles viram o brilho da presença do Deus Eterno e ficaram com medo.
Contudo, o anjo lhes disse palavras animadoras:
— Não fiquem com medo. Eu vim até vocês para lhes dar uma notícia que deixará o povo muito alegre.
Os pastores aumentaram a sua atenção e ouviram o anjo lhes dizer ainda:
— Saibam todos que hoje, em Belém, que vocês chamam de “cidade de Davi”, nasceu o Salvador. Ele é o Messias. Ele é o próprio Deus.
E antes que os pastores perguntassem como encontrá-lo, o anjo completou:
— Em Belém, vocês encontrarão um menino de fraldas. Ele estará deitado numa manjedoura.
Tendo ele acabado de falar, surgiu ao seu lado um coro formado de anjos, louvando a Deus com a seguinte canção:
“Ao Deus Eterno exaltamos no céu,
Para que haja paz na terra entre os homens,
Aos quais ele profundamente ama”.
Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores decidiram:
— Vamos já a Belém. Precisamos ver o que o Deus Eterno nos acaba de revelar.
Eles foram correndo. Quando chegaram, encontraram a casa onde Maria e José estavam. O menino estava deitado na manjedoura.
Eles contaram sobre o encontro deles com os anjos e todos ficaram admirados. Maria, porém, guardou todas estas coisas no coração, refletindo sobre o seu significado.
Em seguida, os pastores foram embora, agradecendo e louvando o Deus Eterno por tudo o que tinham ouvido e visto, sem nada esquecerem.
O NOME DE JESUS
(Mateus 1.25b)
Quando o menino nasceu, José o registrou com o nome de “Jesus”.
[Segundo o calendário que se tornaria padrão, o nascimento de Jesus ocorreu por volta do ano 5 antes da era cristã.]
A CIRCUNCISÃO EM BELÉM
(Lucas 2.21)
Quando o menino completou oito dias, seus pais providenciaram para que fosse circuncidado em Belém e recebesse o nome de “Jesus”.
A CONSAGRAÇÃO EM JERUSALÉM
(Lucas 2.22-24)
A legislação judaica, fixada por Moisés e ainda em vigor na época de Jesus, estabelecia que a mãe, quando terminasse o seu período de resguardo de 40 dias, devia ir ao Templo de Jerusalém para a cerimônia da consagração.
Eis o que está escrito a este respeito em Êxodo 13.2: “Todo filho mais velho deve ser consagrado ao Deus Eterno”. Também está determinado em Levítico 22.8 que, no caso de uma família pobre, na festa da consagração, a família podia oferecer ou um casal de rolinhas ou dois pombinhos.
José e Maria fizeram tudo isso no Templo em Jerusalém, seguindo à risca o que mandava a legislação em vigor, desde o tempo de Moisés.
A ORAÇÃO DE SIMEÃO, EM JERUSALÉM
(Lucas 2.27-35)
Entre os habitantes de Jerusalém, havia um que se destacava. Era Simeão. Ele era íntegro e fiel ao Deus Eterno. Simeão tinha certeza que o Messias viria e por ele esperava. Simeão tinha intimidade com o Espírito Santo, que lhe garantiu que não morreria antes que o Messias chegasse.
Certa vez, inspirado pelo Espírito Santo, ele foi ao Templo. Ele estava lá quando Maria e José chegaram com Jesus para as cerimônias previstas na legislação.
Simeão pegou Jesus no colo e exaltou ao Deus Eterno, orando assim:
“Oh Deus Eterno, eu já posso morrer.
A tua palavra se cumpriu.
Com os meus próprios olhos
Eu vi a tua salvação,
Preparada por ti para iluminar toda a humanidade,
À qual alcançarás por meio de nossa nação”.
Os pais ficaram entusiasmados com o que ouviram a respeito do seu filho.
Em seguida, Simeão abençoou a família, com as seguintes palavras:
— O menino de vocês trará, ao mesmo tempo, alegria e tristeza. Ele abençoará a muitos, mas denunciará a maldade de muitos também. Não haverá unanimidade em torno dele. Muitos não o aceitarão, mas será assim que o Deus Eterno julgará os corações.
Depois, olhou para a mãe de Jesus e lhe disse:
— Maria, quando testemunhar o que farão com ele, você sofrerá muito.
A GRATIDÃO DE ANA, EM JERUSALÉM
(Lucas 2.36-38)
Em Jerusalém vivia também Ana. Seu pai se chamava Fanuel e era da tribo de Aser.
Ela era profetisa. Tendo ficado viúva no sétimo ano do seu casamento, viúva permaneceu. Quando a família de Jesus foi ao Templo para a consagração, ela estava com 84 anos de idade.
Ela fez do Templo a sua casa e ali passava todo o seu tempo, jejuando e orando.
Ana entrou na área do altar quando Jesus era consagrado. Tendo visto o que viu, ela não se parava de agradecer ao Deus Eterno e de testemunhar diante de todos que Jesus era o Messias que Israel esperava.
A INFÂNCIA
(Lucas 2.39a)
Assim, a família de Jesus cumpriu todas as instruções estabelecidas na legislação de Israel.
OS VISITANTES DE LONGE
(Mateus 2.1-6)
Jesus nasceu em Belém, uma cidade da Judeia [hoje governada pela Palestina]. Nesse tempo, Herodes, o Grande [72 a.C. – 4 d.C.], era o rei da região. [Seu palácio principal ficava em Jerusalém.]
Por essa época, chegaram à cidade de Jerusalém uns estudiosos vindos do Oriente.
Como não sabiam onde Jesus tinha nascido, puseram-se a perguntar:
— Onde podemos encontrar o rei dos judeus, que acabou de nascer? Nós vimos a estrela dele e estamos à sua procura para lhe prestar as devidas homenagens.
Quando ouviu essas palavras, o rei Herodes, o Grande, ficou apavorado. Na verdade, toda a cidade ficou apavorada.
O rei mandou chamar os dirigentes religiosos bem como os teólogos, para que lhe esclarecessem onde o tal Messias deveria nascer.
A resposta deles foi clara: o menino deveria nascer em Belém, como fora anunciado [no século 7 a.C.] pelo profeta Miqueias:
“Quanto a você, Belém, terra de Judá,
Não duvide do seu valor.
Saiba que de você sairá o grande pastor,
Aquele que irá cuidar de todo o meu povo”.
A VISITA DOS ESTUDIOSOS ORIENTAIS
(Mateus 2.7-12)
Diante dessa informação, Herodes, o Grande, chamou os estudiosos orientais para uma reunião secreta, na qual lhes perguntou:
— Quando foi que vocês viram a estrela?
Após a reunião, o rei encaminhou os visitantes a Belém [distante 9 km de Jerusalém], dando-lhes a seguinte missão:
— Sigam a viagem e, chegando lá, coletem informações precisas sobre o menino que nasceu. Depois, voltem a Jerusalém e me contem tudo, para que eu também vá a Belém para o homenagear.
Os estudiosos partiram e mais uma vez se depararam com a estrela, fato que os deixou radiantes por lhes mostrar que estavam no caminho certo. Eles se deixaram guiar por ela até a casa em que o menino estava.
Eles entraram.
Tendo encontrado o menino no colo de sua mãe, Maria, eles se ajoelharam e o homenagearam. Em seguida, abriram as malas e entregaram ao menino os pacotes que tinham trazido, contendo ouro, incenso e mirra.
Quando se preparavam para voltar a Jerusalém, os estudiosos tiveram um sonho. Nesse sonho, eles foram instruídos a não procurar Herodes. Por isto, escolheram outra rota e voltaram para a sua terra.
A FUGA
(Mateus 2.13-15)
Depois que os estudiosos foram embora, José teve um segundo sonho.
Nesse sonho, o anjo do Deus Eterno lhe deu a seguinte orientação:
— José, preste atenção ao que você precisa fazer: pegue o menino e, junto com Maria, fuja para o Egito. Chegando lá, fique até receber uma nova ordem. Desse modo, você livrará o menino, porque Herodes, o Grande, planeja matá-lo.
José esperou a noite chegar e levou sua família dali, indo em direção ao Egito.
Eles ficaram no Egito até serem informados que Herodes, o Grande, tinha morrido.
(Quando isto aconteceu, ficou claro que tinha se cumprido a promessa que o Deus Eterno anunciara por meio do profeta Oseias [oito séculos antes]:
“Meu filho foi para o Egito, mas eu o trouxe de volta”.
A MATANÇA DOS BEBÊS
(Mateus 2.16-18)
Enquanto isso, em Israel, Herodes, o Grande, estava muito perturbado, ao perceber que os estudiosos não tinham voltado a Jerusalém. Em sua fúria, e com base no que tinha ouvido desses estudiosos, ele decretou que fossem mortos todos os meninos de Belém e das cidades vizinhas, que tivessem menos de dois anos de idade.
Com isto, as pessoas entenderam o que liam no profeta Jeremias [no século 6 a.C.]:
“Em Ramá, escutou-se um clamor,
Feito de lágrima e muita dor.
Era Raquel, a esposa de Jacó,
Chorando por seus descendentes
Que não estão mais entre os viventes”.
A VOLTA DA FAMÍLIA
(Mateus 2.19-23)
O rei Herodes, o Grande, morreu [no ano 4 antes da era cristã].
Por essa época, José teve mais um sonho.
Nele o anjo do Deus Eterno lhe disse:
— José, acabou o sofrimento. Chegou o tempo de retornarem a Israel. Todos os que queriam a morte do filho de vocês não vivem mais. É hora de voltar!
José obedeceu prontamente. Reuniu sua família e viajou para a sua terra.
No caminho, ficou sabendo que Herodes Arquelau [23 a.C.-18 d.C.] sucedera o pai, Herodes, o Grande, como o rei da Judeia. José ficou com medo de voltar para Belém, mas, nesse ínterim, ele teve outro sonho, no qual o Deus Eterno lhe disse para fixar residência na Galiléia. E foi por isto que José retornou, com sua família, a Israel, passando a residir em Nazaré.
Quando isto aconteceu, cumpriu-se o que o profeta Isaías disse: “Vão chamá-lo de ‘Nazareno’”.
A VOLTA PARA ISRAEL
(Lucas 2.39b-40)
[Depois de um período escondidos no Egito] os três voltaram para Nazaré, sua cidade natal na Galileia.
Ali o menino cresceu e se fortaleceu, física e intelectualmente, sob os cuidados do Deus Eterno.
“JESUS ERA GENTE COMO A GENTE”
(João 1.12-15)
Felizmente muitos homens e mulheres creram nele como Salvador e foram considerados filhos de Deus. A partir deste novo nascimento, passaram a confiar em Deus e a viver num estilo de vida guiado pela vontade do Pai, não mais pela cultura do seu tempo, não mais pelos próprios desejos.
Jesus era gente como a gente. Nele estavam a Graça e a verdade.
Nós vimos a sua beleza, beleza de filho único de Deus.
João Batista disse sobre ele as seguintes palavras:
— Jesus é aquele de quem eu dizia: “Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, porque ele já estava no mundo muito antes de eu nascer”.
“JESUS MOSTRA O QUE O PAI ETERNO NOS FAZ”
(João 1.16-18)
Todos nós temos recebido de Jesus a plenitude da alegria, com Graça sobre Graça.
Sabemos que os mandamentos foram entregues ao mundo através de Moisés, mas a Graça e a verdade foram anunciadas e vividas por Jesus Cristo. Até hoje ninguém tinha visto a Deus, mas agora Jesus, que o vê face a face, mostra o que o Pai Eterno nos faz.
(Narrativa bíblica do natal de Jesus, segundo a versão preparada por Israel Belo de Azevedo)