Palavras em desuso
(BOM DIA AMIGO 3689 | Israel Belo de Azevedo)
“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies”.
(Machado de Assis, 1839-1908)
Há palavras que vão caindo em desuso:
“Amainar” — Quando estamos desprotegidos na chuva, como é bom que ela amaine (isto é, fique mansa, até parar)!
“Balela” — Esquecida a palavra, temos que suportar as mentiras, como se o mundo sobre elas fosse erguido.
“Imarcescível” é o que não murcha ou não pode murchar, como a certeza de que somos amados pelo Deus Eterno. Perdemos a palavra, mas não podemos perder a esperança que ela nos lembra.
“Ledo” devíamos dizer, mas acabamos dizendo “lêdo”. Sem saber como pronunciar esta linda palavra para “alegre”, preferimos desusá-la, mas é de modo “ledo” que precisamos viver.
“Obséquio” devia estar sempre em nossos lábios, porque ninguém é obrigado a nos fazer algo. Por “obséquio”, peçamos por favor, sem impor.
“Opulência” não usamos, talvez como um recurso para eliminar o seu mal, que sobrevive pelo seu sinônimo: ostentação.
"Pindaíba" é palavra quimbunda (língua falada sobretudo em Angola) para miséria. A palavra antiga foi diminuída, mas a realidade lamentavelmente aumenta.
“Respeito” é palavra que continua e bom seria que nos acompanhasse sempre na vida real.
“As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem governa entre tolos”. (Eclesiastes 9.17)
Bom dia!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial