Cores e aromas da saudade

(BOM DIA AMIGO 3791)

“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar”.

(RUBEM ALVES, 1933-2014)

Como as flores, as saudades têm cores e aromas.
A saudade pode ser trágica. Acontece-nos quando nos morre um ser amado, seja criança, jovem ou maduro. A dor nos perturba porque não temos e não teremos o nosso querido conosco, mesmo que digamos que esteja vivo em nossos corações.
A saudade pode ser amarga. Dá-se quando perdemos pessoas próximas que, embora vivas, cancelam-nos de seus convívios, esquecidos de tudo o que fizemos juntos e um pelo outro, por causa de posições políticas ou mesmo erros cometidos.
A saudade pode ser doce. Sobrevém-nos quando nossos mais velhos se antecipam a nós e, como se tivessem pressa, ultrapassam os umbrais das nuvens que vemos e adentram ao céu para onde vamos. Para quem tem esperança na ressurreição, todas as lembranças tristes se convertem em palmas de alegria.
A melhor saudade é quando nos alegramos com um ser amado que teve um passado conosco, cheio de momentos felizes que a memória e a fotografia revelam, e que ainda está conosco. Essa alegria nos ilumina os dias.

“Aqui, cheio de saudade, só posso dizer que vocês me alegram muito; vocês me fazem sentir como um atleta coroado no alto do pódio. Por isso, só posso esperar que permaneçam firmes em Jesus Cristo, o Senhor”.

(FILIPENSES 4.1)