O Título do artigo é o mesmo do livro de Martin Luther King Jr. pastor batista norte-americano, que lutou contra a segregação racial nos Estados Unidos e “tornou-se um dos mais importantes líderes dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.” Nasceu em Atlanta, Geórgia, no dia 15 de janeiro de 1929 foi filho e neto e bisneto de pastores da Igreja Batista. Formou-se em Teologia na Universidade de Boston em 1951 e foi consagrado pastor batista em 1954.
Em 1955 começou sua luta pelo reconhecimento dos direitos civis dos negros norte-americanos, com métodos pacíficos, inspirado na figura de Mahatma Gandhi e na teoria da desobediência civil de Henry David Thoreau, as mesmas fontes que inspiraram a luta de Nelson Mandela contra a Apartheid, na África do Sul”.
Gosto muito do seu livro, “A Dádiva do Amor”. Contém uma coletânea de sermões proferidos durante e após o protesto contra a segregação nos ônibus em Montgomery, Alabama. O método escolhido por Martin Luther King para combater as injustiças era o da resistência não violenta, fundamentados na ética do amor; dizia ele.
Quando falo de amor, não estou falando de uma resposta fraca e sentimental. Estou falando dessa força que todas as grandes religiões consideram o princípio unificador supremo da vida. De alguma forma, o amor é a chave para abrir a porta que leva a realidade essencial. Essa crença hindu-muçulmana-cristã-judaico-budista na realidade essencial é lindamente resumida na primeira epístola de São João: amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Ele acreditava que a não violência é a “arma mais potente disponível para as pessoas oprimidas em nossa luta pela liberdade e pela dignidade humana”. Sobre isso escreveu “Cristo nos forneceu o espírito e a motivação e Gandhi o método. Em outras palavras Cristo nos deu as metas, dizia com frequência, e Mahatma Gandhi nos forneceu a tática.
Certo de que o não confronto, mas o entendimento deveria ser a chave para assegurar a todos uma coexistência harmônica disse certa vez: “sabíamos que a segregação estava errada. A palavra de Deus ensina-nos a não violência, e o exemplo do sofrimento e da vitória de Gandhi na Índia levou-nos a acreditar que a ação não violenta era o caminho para a liberdade”.
Da introdução do livro acima, escrita por sua esposa, Coretta Scott King, extraímos o seguinte trecho:
“No centro da não violência está o princípio do amor. O partidário da resistência não violenta argumentaria que, na luta pela dignidade humana, as pessoas oprimidas do mundo não devem sucumbir à tentação de se tornar amargas ou se entregar a campanhas de ódio. Pagar com a mesma moeda não faria nada além de intensificar a existência do ódio no universo. Ao longo do caminho da vida é preciso ter sabedoria e moralidade suficiente para interromper a cadeia do ódio. Isso só pode ser feito ao projetarmos a ética do Amor no centro de nossas vidas.”
Para Luther King, nossos destinos estão entrelaçados:
“Em sentido real, toda a vida está inter-relacionada. Todos os homens estão presos em uma rede inescapável de mutualidade, entrelaçados no tecido único do destino. Qualquer coisa que afete alguém diretamente afeta a todos indiretamente. Nunca poderei ser o que eu deveria ser, e você nunca poderá ser o que deveria ser até que eu seja o que eu deveria ser. Essa é a estrutura inter-relacionada da realidade”
Luther King morreu em 4 de abril de 1968. Foi alvejado por um tiro na sacada do Hotel onde estava hospedado em Memphis no Tennesse. Certa oportunidade, Luther King havia falado sobre a sua morte. Sua voz foi gravada numa fita:
“Se alguém tiver perto de mim quando chegar o meu dia, não desejo um grande funeral. E se alguém quiser falar de mim, que não seja muito. Que não mencionem que eu recebi o Prêmio Nobel, isso não é importante. Que não mencionem que recebi outros 300 ou 400 prêmios. Isso não é importante… Quero que digam que Martin Luther King Júnior procurou doar sua vida servindo os outros. Quero que digam que eu tentei amar e servir a humanidade…. Sim, digam que eu era um tambor-mor; digam que eu era o tambor-mor da justiça; digam que eu era o tambor-mor da paz; o tambor-mor da retidão. Em todas as coisas superficiais não terão importância. Eu não tenho dinheiro para deixar. Eu não tenho bens caros ou requintados para deixar. Só quero deixar um compromisso de vida. É só isso que eu quero que digam.”
Em seu túmulo está escrito o seguinte epitáfio: Enfim a liberdade. “Enfim a liberdade. Graças a Deus, Todo Poderoso, enfim sou livre”
Em 1983, foi criado feriado nacional em sua memória. Toda terceira segunda-feira de janeiro de cada ano, data próxima a seu aniversário, dia15, se comemora-se o Martin Luther King Jr, Day em homenagem a ele.
Martin Luther King Jr. disse certa vez: “‘Precisamos descobrir o poder do amor,
o poder redentor do amor.
E quando descobrirmos isso,
seremos capazes de fazer deste velho mundo um novo mundo.
O amor é o único caminho.”
Transcrevo a seguir uma coletânea de frases sobre o Amor extraídas dos sermões de Martin Luther King:
Se vocês buscam um bem mais elevado, acredito que o encontrarão no amor. E creiam, não estamos errados quando assim agimos, pois João estava certo: Deus é amor. Aquele que odeia não conhece a Deus, mas aquele que ama tem a chave que abre a porta da realidade última.
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Vi ódio demais (…), toda vez que vejo o ódio, contemplo faces e personalidades deformadas, e digo a mim mesmo: esse é um fardo pesado demais. Escolhi o Amor. Se vocês buscam o bem mais elevado, o encontrarão no Amor.
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Pagar com a mesma moeda não fará nada além de intensificar a existência do ódio. É preciso ter sabedoria e moralidade para interromper a cadeia do ódio e isso e isso pode ser feito pela Ética do Amor.
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O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo. Nunca nos livramos de um inimigo contrapondo o ódio com o ódio; nos livramos de um inimigo livrando-nos da inimizade. Pela própria natureza, o ódio destrói e derruba; pela própria natureza o amor cria e edifica. O amor transforma com seu poder redentor.
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O ódio destrói o senso de valores de uma pessoa e sua objetividade. Faz com que ela descreva o belo como feio e o feio como belo, e confunda o verdadeiro com o falso e o falso com o verdadeiro.
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Os psiquiatras relatam que muitas coisas estranhas que acontecem no subconsciente, muitos dos nossos conflitos internos, estão enraizadas no ódio. Elas dizem: Ame ou pereça.
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A psicologia moderna reconhece o que Jesus ensinou séculos atrás: o ódio divide a personalidade, e o amor a une de uma forma chocante e inexorável.
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O ódio está enraizado no medo e a única cura para o medo e o ódio é o Amor. Não há temor no amor, mas o Amor perfeito lança fora o medo.
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O ódio e a amargura nunca conseguirão curar a doença do medo; só o amor pode fazer isso. O ódio paralisa vida; o amor liberta. O ódio confunde a vida; o amor harmoniza. O ódio escurece a vida; o amor a ilumina.
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O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo.
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Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.
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A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso. O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em amigo.
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O ódio paralisa a vida, o amor a liberta; o ódio confunde a vida, o amor a harmoniza; o ódio escurece a vida, o amor a ilumina.
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Eu decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para se carregar.
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O amor, a verdade e a coragem de fazer o que é certo devem ser nossos guias nesta jornada ao longo da vida.
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Quando falo de amor, não estou falando de uma resposta fraca e sentimental. Estou falando dessa força que todas as grandes religiões consideram o princípio unificador supremo da vida. De alguma forma, o amor é a chave para abrir a porta que leva a realidade essencial. Essa crença hindu-muçulmana-cristã-judaico-budista na realidade essencial é lindamente resumida na primeira epístola de São João: “Amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus”.
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Mas vocês sabem, muita gente não tem nada na vida além do comprimento. Elas desenvolvem seus poderes internos, fazem bem seu trabalho. Mas tentam viver como se não houvesse ninguém mais no mundo a não ser elas mesmas. E usam todos os outros como mera ferramentas para chegar ao destino. Elas não amam ninguém além de si mesmas. E o único tipo de amor que de fato sentem por outras pessoas é o amor utilitário. Vocês sabem, elas simplesmente amam as pessoas que podem usar.
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Acredito que descobri o bem supremo. É o amor. Este princípio está no centro do cosmos. Como diz João, “Deus é Amor”. Quem ama é partícipe do ser de Deus, quem odeia não conhece a Deus.
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