“Comer é uma necessidade, mas comer com inteligência é uma arte”.
(François de La Rochefoucauld, 1613–1680)
Como comer sem ao Deus Eterno agradecer por tantas mãos postas nesta jornada de satisfação,
instrumentistas de uma orquestra imaginária,
cheia de emoção,
que toca uma música solitária,
na pauta de uma sintonia que se desfará nos próximos minutos de uma breve canção?
Sagrada é a hora da contemplação
dos alimentos em fusão;
juntos todos um são,
no cheiro, na visão.
Como comer sem ao Deus Eterno agradecer o privilégio da fome que a cada ciclo nos chega em sofreguidão,
que os garfos à boca cessar fazendo vão?
Como comer e esquecer os que querem comer, mas não podem
por lhes faltar o pão,
ou os que até lhe sobram, mas o desejo é para eles plena negação?
Como comer sem ao Deus Eterno agradecer a provisão?
Estar à mesa, sozinho, em família, em grupo ou em anônima multidão
é mais que prestar obediência ao instinto da perpetuação.
É instante que requer silêncio, se for meditação;
é festa, se for santa celebração.
Ah, bendita é a hora da refeição.
“Pedimos que nos dês o alimento necessário para cada dia”. ( Mateus 6.11 — Bíblia Prazer da Palavra)
Bom dia!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
