“O ser humano se torna eu pela relação com o você. À medida que me torno eu, digo você. Todo viver real é encontro”.
(Martin Buber, 1878-1965)
A vertigem da sobrevivência exige pressa e nos afasta de quem realmente somos.
O frenesi da fama, do dinheiro ou do poder se faz sob um palco de gelo seco em que não vemos e nem vistos somos.
Se não ouvimos o outro, o jardim florido é deserto e, mesmo acompanhados, estamos sós.
Sem o outro, a tela, mesmo que múltipla, tagarela e barulhenta, é vazia janela; está ainda no modo “mudo”, esperando que seja acesa a sua voz.
Tomamos a decisão de nos encontrar quando perdidos na jornada nos vemos e nos desesperamos.
Para reencontrar o endereço no mapa que desenhamos, ouvir precisamos.
Chegaremos aonde queremos, se a escutar nos consagramos.
Quando encontramos o outro, nós nos encontramos. Do outro carecemos. Admitamos!
O encontro pode doer, mas as coisas excelentes vêm da dor. Só depois o prazer autêntico experimentamos.
No encontro, o outro não é objeto, mas sujeito como somos.
O encontro não é abstrato, mas concreto, porque nos tocamos.
Num encontro ninguém é superior nem inferior; ninguém pior ou melhor é.
Somos irmãos, somos iguais; amados, amamos, eis o que precisamos aprender.
“Era um costume do Deus Eterno vir ao Éden e passar a tarde conversando com o homem e a mulher. Pouco depois, no entanto, quando ouviram a voz dele ecoando pelo pomar enquanto se aproximava, os dois se esconderam”. (Gênesis 3.8)
Bom dia!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
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