Terça, 10/02/15 — MOISÉS, UM PAI RELAPSO

ÊXODO 4.24
 
Cabia a Moisés circuncidar seu filho. Abraão já iniciara esta prática. Durante séculos, portanto, já era assim.
Talvez por estar muito ocupado ou talvez por ter se amoldado às práticas midianitas ou talvez por uma fé ainda fraca, Moisés não cumpriu sua tarefa como pai.
Quando estava em viagem, hospedado à beira da estrada numa estalagem, Deus veio ao seu encontro. Talvez Deus lhe tenha lembrado do seu compromisso. Talvez Deus tenha o tenha ameaçado de morte, se não obedecesse.
É quando a esposa de Moisés, Zípora, que não era israelita, mas midianita, intervém e resolve a questão, circuncidando o filho (Gerson ou Eliezer — o nome do menino não é mencionado).  Para tanto, usou uma faca de pedra (sílex), uma vez que não se usavam, nesta época, talheres de metal. Ela detestou fazer aquele trabalho, diante do sangue que viu e possivelmente diante dos gritos de dor do seu filho. Ele não gostou de fazer, mas fez.
A informação de que Deus desejou matar Moisés pode ser entendida também como uma doença que acometeu Moisés na viagem, interpretada por sua esposa como um castigo de Deus pela desobediência do marido em não circuncidar seu filho. Diante do sinal explícito (uma doença). Zípora decidiu fazer o sacrifício (a circuncisão) necessário para que o pecado de Moisés fosse perdoado.
Depois da obediência de Moisés, por meio da esposa, Moisés pôde continuar sua missão.