ADORAÇÃO É MAIS QUE UMA DATA NO CALENDÁRIO (Sylvio Macri)

“Se alguém dentre vós, ou dentre os vossos descendentes, estiver impuro por ter tocado um cadáver, ou estiver longe, em viagem, mesmo assim celebrará a Páscoa ao Senhor. No segundo mês, no dia catorze, à tarde, eles a celebrarão.” ( Números 9.10,11a).
 
Pela primeira vez, depois que saíram do Egito, os israelitas “celebraram a Páscoa, no dia catorze do primeiro mês, à tarde, no deserto do Sinai”(Nm.9.5).  Entretanto, “havia alguns que estavam impuros por terem tocado o cadáver de um homem naquele dia” (Nm.9.6). Apesar de saberem que não poderiam participar da Páscoa, mas com grande desejo de fazê-lo, foram a Moisés para expor sua situação. Parece que Moisés pensou consigo mesmo que Deus não lhe havia falado sobre esses casos especiais, e respondeu: Vou expor seu caso ao Senhor e vamos aguardar sua resposta. 
 
A legislação mosaica era muito simples, em muitos pontos não descia a detalhes, mas isso não quer dizer que fosse inflexível. A resposta do Senhor foi que sim, eles e todos os que tivessem um impedimento justificado, poderiam celebrar a Páscoa também, pois teriam uma segunda oportunidade para fazê-lo exatamente um mês depois. Mas, se houvesse alguém que não tivesse nenhum impedimento justificado e não celebrasse a Páscoa no tempo determinado, “esse homem sofreria por causa do seu pecado” (Nm.9.13).
 
A Páscoa era um dos três grandes atos de adoração festiva dos quais todo o povo deveria participar, com dia e hora marcados. Por isso, os homens acima citados não queriam ficar de fora. Com sua resposta, o Senhor mostrou a eles, e a nós hoje, que adoração é mais que uma data no calendário. Se você tem algum impedimento para estar junto com a sua congregação no dia e hora marcados, não se entristeça; busque outras oportunidades para fazê-lo de todo coração. As igrejas, por sua vez, precisam praticar a flexibilidade nesse assunto, e prover oportunidades de adoração e comunhão para os que não podem estar nas reuniões usuais.
 
Pr. Sylvio Macri