NÃO TENTE FAZER ALGO PARA O QUE NÃO FOI CHAMADO (Sylvio Macri)

“E Moisés disse: Assim sabereis se o Senhor me enviou para fazer todas estas obras; pois não as fiz por mim mesmo.” (Números 16.28).

 

Ao ler o título acima você provavelmente perguntará: Por que? A resposta é: Porque não vai dar certo.

 

Apesar de ser um tanto óbvio, é bom esclarecer que se trata aqui de fazer algo para Deus e com relação ao seu povo, e que a chamada a que nos referimos precisa vir de Deus. Se você verificar o contexto, verá que Moisés está respondendo a um grupo de líderes do povo – Coré, Datã e Abirão – e aos duzentos e cinquenta israelitas que se juntaram a eles, numa rebelião contra ele e Arão. Diziam eles: “Já é demais! Toda a comunidade é santa e todos eles são santos, e o Senhor está no meio deles. Por que, então vos elevai acima da assembleia do Senhor?” (Nm.16.3).

 

Moisés, então, propôs-lhes um teste simples: No dia seguinte, de manhã, venham com seu grupo para a frente da tenda da revelação e tragam seus incensários. Eu e Arão também iremos. Assim deixemos o Senhor mostrar quem ele escolheu de fato para liderar o povo (Nm. 16.5,16,17). Quem conhece a história, sabe que o Senhor fez a terra engolir Coré, Datã e Abirão com suas respectivas famílias, e mandou fogo para consumir os outros duzentos e cinquenta rebeldes (Nm.16.20-35).

 

Os duzentos e cinquenta incensários de bronze foram recolhidos e transformados em chapa batida para cobertura do altar. Foram assim usados “para servir de memória aos israelitas, a fim de que (….) ninguém que não seja da descendência de Arão, aproxime-se para oferecer incenso diante do Senhor, para não aconteça o que ocorreu a Coré e seus seguidores.” (Nm.16.40). Na era do evangelho não temos sacerdotes nem dinastia sacerdotal, mas seus ministros precisam, como Arão e Moisés, ser chamados por Deus e reconhecidos pela igreja.

 

Que ninguém se atreva a fazer aquilo para o que não foi chamado, pois as consequências podem ser terríveis, para si e para os outros, como temos visto acontecer nas igrejas.

 

Pr. Sylvio Macri