“Então Manoá suplicou ao Senhor: Ah! Senhor meu, suplico-te que o homem de Deus que enviaste venha até nós mais uma vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que vai nascer.” (Juízes 13.8).
Manoá e sua mulher não tinham filhos, pois ela era estéril. Mas Deus gosta de escrever a história de seu povo por meio de mulheres estéreis, para, a partir delas, levantar seus líderes, como foi com Sara e Isaque, Rebeca e Jacó, e Raquel e José. Por isso enviou seu anjo à mulher de Manoá, de quem não sabemos o nome, para dizer-lhe que sua tristeza tinha acabado e ela daria à luz um filho. Um filho muito especial, pois seria nazireu por toda a vida, desde o ventre da mãe, e seria também quem começaria a libertar Israel do domínio dos filisteus.
Manoá não estava presente quando isso aconteceu, mas a mulher contou-lhe tudo. Então fez a oração acima transcrita, pois, como cabeça da família precisava ser instruído sobre como proceder na criação de um menino tão especial como aquele. Um nazireu era proibido de terminantemente de usar bebida alcoólica e de cortar o cabelo. Era também obrigado a manter-se cerimonialmente puro. Geralmente era um voto feito pela própria pessoa, ou por seus pais, por um tempo determinado. Mas no caso do filho de Manoá, a quem ele deu o nome de Sansão, este voto era para toda a vida.
Segundo o texto, o anjo repetiu o que já dissera anteriormente à mulher de Manoá, mas podemos deduzir que a conversa foi um tanto mais longa e o futuro pai foi devidamente orientado conforme pedira. E esse acontecimento nos traz algumas importantes lições, sendo a primeira delas que os filhos vêm do Senhor, é ele quem os dá ou deixa de dar e a ele devem ser pedidos, sejam biológicos ou adotivos. A segunda, é que a verdadeira sabedoria para educar os filhos vem do Senhor. Os muitos livros, revistas especializadas, sites e programas de TV sobre o assunto, podem ajudar, mas não substituem a Palavra de Deus nessa questão.
A terceira lição, é que os filhos devem ser sempre objeto de oração – antes, durante e depois. Antes de nascerem, durante o tempo em que estiverem conosco, e mesmo depois que partirem para construir a sua própria família. Por uma interessante coincidência, hoje mesmo tive que sair à rua com o meu carro, e no vidro traseiro de outro carro vi um adesivo com a seguinte pergunta: “Você já orou pelo seu filho hoje?”
Pr. Sylvio Macri