As mortes por doenças cardiovasculares diminuíram no país. No entanto, são esperados aumentos graduais das taxas nas próximas décadas, o que indica a necessidade de implementação de políticas públicas no sentido da prevenção destas doenças.
As conclusões estão num artigo publicado na Revista Panamericana de Salud Pública, de autoria dos Cintia Curioni (Instituto de Medicina Social da Uerj), Renato Veras (Universidade da Terceira Idade da Uerj), Charles André (Faculdade de Medicina da UFRJ) e Cynthia Cunha (Fiocruz). Para eles, embora esta diminuição de doenças ligadas ao aparelho cardiovacular seja um fenômeno já documentado em países desenvolvidos, as tendências ainda não estão esclarecidas nos países em desenvolvimento.
Eles pesquisaram as tendências da mortalidade cardiovascular no Brasil ao longo de 24 anos (1980 a 2003) e investigaram as diferenças de acordo com os grupos de doenças, região sociopolítica, gênero e idade”. As taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares decresceram, no período investigado, de 287,3 para 161,9 por 10 mil habitantes, com decréscimo anual médio de 3,9%.
Além disso, houve redução da taxa de mortalidade em todos os grupos de doença, faixas etárias e regiões, sendo que o derrame foi o evento que apresentou o maior declínio: “de 95,2 para 52,6 por 10 mil habitantes (média de 4,0% ao ano), seguido pela doença coronariana, de 80,3 para 49,2 por 10 mil habitantes (3,6% ao ano)”.
Os pesquisadores atribuem as modificações ao aumento dos índices de desenvolvimento social no país, mas alertam que “a diminuição foi especialmente marcada nas regiões mais desenvolvidas”.
(Fonte: Agência de Noticias da Fundação Oswaldo Cruz)
http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home