“Abraão gerou Isaque. Os filhos de Isaque foram Esaú e Israel. Estes foram os filhos de Israel: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Dã, José, Benjamim, Naftali, Gade e Aser.” (1Crônicas 1.34; 2.1).
Todos nós queremos saber de onde viemos e de quem viemos. Essa curiosidade tornou-se ainda mais aguçada com o advento da moderna tecnologia de acumulação, processamento e comunicação de dados. Hoje existem sites de genealogia, que, usando poderosos bancos de dados, são capazes de montar a árvore genealógica de praticamente qualquer pessoa. Aliás, em muitas etnias este é um dado cultural muito importante, principalmente entre os chamados povos primitivos. E para certos grupos religiosos também; não é sem motivo que o maior bancos de dados de genealogia do mundo é operado pela igreja Mórmon.
A Bíblia registra muitas genealogias, principalmente em 1Crônicas. Praticamente um terço deste livro é dedicado a genealogias diversas. O livro de 1Crônicas foi escrito após o exílio, quando se tornou muito importante para os israelitas determinar quem era de fato israelita, quem era de fato descendente dos levitas, a tribo sacerdotal, e qual era verdadeira linhagem real, já que tinha cessado a monarquia. Um dos fatores determinantes da existência dessas genealogias em 1Crônicas era a esperança messiânica. Mais do que nunca, agora os judeus aguardavam o Messias, que viria da descendência do rei Davi.
Para nós, cristãos, essas genealogias também são muito importantes, pois mostram o lado humano de Jesus, corroboram o cumprimento das profecias do Velho Testamento a respeito da encarnação do Filho de Deus como descendente humano de Davi, e, principalmente, dão base ao ensino do Novo Testamento a respeito da identificação do Senhor conosco como um ser humano igual a nós, e da criação de uma nova humanidade em Jesus Cristo, o segundo Adão.
Portanto, a principal utilidade das genealogias na Bíblia é mostrar de onde veio e de quem veio Jesus Cristo, o homem Deus que morreu e ressuscitou para nos transformar em novas criaturas, e dar-nos uma nova genealogia.
Pr. Sylvio Macri
