Todos os dias nos levantamos para trabalhar. Uns em casa; outros na rua.
O trabalho nos diferencia uns dos outros pela atitude que nos permite ter diante dele.
Uns amamos trabalhar. Outros odiamos trabalhar. Na verdade, são raras as pessoas que odeiam trabalhar. O que gera desgosto em alguns é especificamente o que fazem ou o ambiente em que o fazem. Um trabalho não pode ser bom se o ambiente é hostil, leviano, maledicente. Um trabalho não pode ser amado se as relações não são boas, se há injustiças flagrantes. Um trabalho não pode ser bom se é exercido sob as chibatas da escravidão, modernamente desenvolvida por meio de metas absurdas ou de jornadas abusivas ou de remunerações iníquas.
Quem está nesta condição tem duas coisas a fazer: pedir a Deus um novo trabalho e começar a olhar à sua volta em busca de novas oportunidades, mesmo que demandem mais estudo e mais esforço e muita paciência. A libertação poderá tardar, mas virá. Deus, que é justo e bom, é um trabalhador. Jesus mesmo o disse, quando cantou: "Meu Pai trabalha até agora".
Por isto mesmo, felizes são os que se levantam com vontade de começar a desenvolver as suas atividades, sem ficar durante o dia mirando o relógio à espera da hora de parar.
Felizes são os que têm colegas ou sócios honestos, com os quais vale a pena estar.
Felizes são que notam que seu trabalho faz diferença na vida das pessoas.
Felizes são os que podem ver o seu trabalho como parte de sua vida, não como um apêndice abominável.
Quem é feliz no trabalho deve e pode se empenhar para não torná-lo ruim para os outros.
Quem é feliz no trabalho será ainda mais plenamente, se fizer do seu ofício um trabalho de rei, como se estivesse num templo trabalhando a vida toda para o Rei do universo.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO