Sábado, 01/08/15 — ABAIXO OS PADRÕES FAMILIARES

Refletindo: 11Reis 15.2
 
Assim começa a triste história de um homem.
Ele e seu irmão foram entregues para adoção. Ele nunca conheceu o pai. Nem o seu nome sabia.
Eles não foram de fatos adotados. Eles foram abandonados. Transitaram de casa em casa, até serem separados.
Os dois têm dificuldade em formar vínculos. Os dois têm dificuldade em lidar com as críticas. Os dois não convivem com as adversidades.
Suas histórias não foram novas. Sua mãe foi alvo dos mesmos processos. A mãe deles também foi entregue. Nunca teve um lugar. Andou de casa em casa, de rua em rua. Teve os dois meninos de pais diferentes, pais cujos nomes não constam nos seus documentos de registros.
A história de sua mãe repete a trajetória de sua avó. Sua avó só teve uma filha, a qual não quis criar. Entregou-a também para quem quisesse cuidar.
Três gerações, com um mesmo comportamento. Três gerações, com uma mesmo sentimento em relação ao mundo. Três gerações com o sentimento de rejeição guardado do corpo.
A primeira geração começou uma tradição, uma triste tradição, que a segunda repetiu.
Os dois irmãos de agora, embora guardem sequelas emocionais da rejeição, amam seus filhos. Seus filhos não precisarão se queixar de afeto e vão amar seus filhos.
A terceira geração começou uma nova tradição, com bons padrões.
Mudar é possível.
Não temos que ser escravos dos padrões ruins de nossa família.