UM DEUS QUE SE IDENTIFICA CONOSCO (Sylvio Macri)

“Em toda a angústia deles, ele também ficou angustiado, e o anjo da sua presença os salvou; no seu amor e na sua compaixão, ele os redimiu, e os tomou, e os carregou por todos os dias da antiguidade.” (Isaías 63.9).

Deus é imutável, mas não impassível. Ele se importa conosco e é sensível à nossa dor. É claro que nossa compreensão de seus sentimentos é extremamente limitada, por isso usamos linguagem humana para expressá-la, e a própria Bíblia o faz, como no versículo acima transcrito. Em razão de nossa finitude e incapacidade, ele encarnou-se em Jesus Cristo e veio até nós a fim de revelar-nos o “esplendor de sua glória e a representação exata do seu Ser” (Hb.1.2). Jesus é o “anjo da sua presença” que nos salvou, mencionado por Isaías.

Como diz o autor da Carta aos Hebreus “era necessário que em tudo (Jesus) se tornasse semelhante a seus irmãos, para que viesse a ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas que dizem respeito a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo sofreu, ao ser tentado, pode socorrer os que estão sendo tentados.” (Hb.2.17,18). E completa: “Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas.” (Hb.4.15). É o diz Isaías: “Em toda a angústia deles, ele também ficou angustiado.”

Portanto, mais ainda que importar-se conosco e sensibilizar-se com o nosso sofrimento, o Senhor é um Deus que age em nosso favor: “No seu amor e na sua compaixão, nos redimiu, nos tomou e nos carregou.” Jesus nos amou e a si mesmo se entregou por nós na cruz do Calvário. Diante de nós ele foi exposto como crucificado, e por isso a cruz é a nossa glória, a nossa suficiência e a nossa marca (Gl.1.4; 2.20; 3.1; 6.14-17). Deus nos amou e provou esse amor pelo fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda éramos pecadores. (Rm.5.8).

O Rei da glória, o Rei dos reis, Senhor dos senhores,

Soberano Deus, é Jesus, é Jesus, é Jesus.

 

Desceu da glória, e homem se fez, varão de dores,

Servo Sofredor, padeceu, sim, Jesus, padeceu.

 

Sim, Cristo entregou sua vida;

de forma espontânea ele a deu;

ninguém poderia obrigá-lo;

foi seu próprio amor que o moveu.

(Parte da letra do hino 194, do HCC, escrita Guilherme Kerr Neto, compositor brasileiro)

Pr. Sylvio Macri