Desculpe a foto chocante que ilustra o cerco ao consumo de cigarro

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As entidades médicas, os órgãos governamentais e a comunidade não-fumante têm um motivo a mais para comemorar o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio. O Governo Federal aumentou a taxação sobre o produto, gerando uma alta de 30% no valor final. A economia nacional ganha, e a saúde da população também se beneficia.
Por sua vez, no estado de São Paulo, foi sancionada, no dia 7 de maio, a lei antifumo, que proíbe o consumo de cigarros, charutos ou similares em quaisquer ambientes coletivos, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados.
O governador do Rio de Janeiro anunciou que enviará à Assembléia do Estado um projeto de lei nos mesmos rigorosos termos da legislação paulista.
O médico Sérgio Ricardo Rodrigues de Almeida Santos, coordenador da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), explica:
— Essa série de medidas faz parte das estratégias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater o tabagismo nos países em desenvolvimento, aliadas às campanhas educativas. Por exemplo, o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking mundial de cigarro mais barato e, com o aumento (do preço), a população é diretamente afetada.
Na década de 90, estudos da OMS indicaram que 10% de aumento no preço final do cigarro equivale à redução de 3% no número de fumantes. Com o impacto nas finanças, a maioria dos consumidores de tabaco – no Brasil, 14,3% da população – reduz ou interrompe o hábito de fumar.
Segundo ainda Santos, “um dos fatores que influenciam na compra do cigarro é a questão do preço. Jovens adultos, assim como a população de baixa renda, sentem o impacto em suas finanças e sentem-se motivados a abandonar o fumo.
O médico Gustavo Prado, diretor de assuntos científicos da mesma SPPT, concorda:
— A aprovação da lei e as outras ações governamentais restritivas ao fumo têm como objetivo a proteção da população contra os riscos advindos da exposição ao tabagismo passivo, que aumenta a chance de infarto em mais de 50% em não-fumantes, e à poluição tabágica ambiental.
Prado lembra que o risco de não-fumantes adoecerem por enfermidades tipicamente relacionadas ao cigarro cresce muito com a exposição à poluição tabágica ambiental. “Isso sem falar da ampliação de mais de 20% para a possibilidade de câncer de pulmão e de todas as sérias repercussões à saúde da criança exposta ao fumo dos pais”, complementa.
Segundo a OMS, 4,9 milhões de pessoas – 10 mil por dia – morrem todos os anos no mundo por consequência de doenças relacionadas ao tabaco. A previsão não é animadora e mostra que esse número pode chegar a 10 milhões por volta de 2030. No Brasil, o tabaco mata 200 mil pessoas por ano.
(Fonte: Acontece Comunicação e Notícias)

MEU COMENTÁRIO — O antitabagismo sempre foi uma bandeira dos evangélicos, que perderam para a ciência. Menos mal. Quanto à foto que ilustra esta matéria, desculpe-nos. Podemos tirá-la.