“Mas digo isso: quem pouco semeia, pouco também colherá; quem semeia com generosidade, também colherá generosamente.” (2Coríntios 9.6).
É verdade que se outros fatores, como a falta de chuva, o solo improdutivo e as ervas daninhas, não intervierem, o lavrador colherá na proporção do que semeou. É, assim, quase um truísmo dizer que quem semeia pouco, colhe pouco. Entretanto, quando essa analogia se aplica à generosidade, nem sempre todos concordarão. Alguns, ao contrário, especialmente os avarentos, entendem que quanto menos repartirem, mais lhes sobrará. Ou, num raciocínio negativo, menos faltará.
Por isso Paulo precisa inculcar o sentimento de generosidade em suas ovelhas, assim como todo pastor deve também fazer. A generosidade é uma virtude que precisa ser desenvolvida; à medida que a praticamos é que percebemos que generosidade gera generosidade. E começa mudando quem a pratica: o generoso não se sente extorquido nem constrangido ou pesaroso, mas dá de coração, com alegria (2Co.9.5,7). Pois como disse o apóstolo, citando Jesus, “dar é mais bem-aventurado que receber” (At.20.35). Generosidade se aprende com Jesus.
A generosidade faz transbordar a graça de Deus em nós e faz com que transbordemos em boas obras, pois “aquele que dá semente ao que semeia, e pão para comer, também suprirá e multiplicara a vossa semeadura, e aumentará os frutos da vossa justiça.” (2Co.9.10). O generoso é enriquecido pelas transbordantes ações de graças que são oferecidas a Deus por sua ajuda, e o Senhor é glorificado por causa de sua generosidade (2Co.9.12,13). Generosidade se pratica em obediência a Jesus, que ensinou: “Daí e vos será dado” (Lc.6.38).
Antes de terminar, porém, é preciso dizer que generosidade não se refere apenas a bens materiais, mas se aplica a todas as áreas da vida. Devemos ser generosos nos elogios e avarentos nas críticas. Devemos ser generosos na gratidão e no reconhecimento, e avarentos nas queixas. Devemos ser generosos no encorajamento e avarentos na recriminação. Devemos ser generosos no perdão e avarentos no ressentimento. Podemos e devemos ser generosos até nos abraços e sorrisos que damos. A generosidade faz um bem tremendo!
Pr. Sylvio Macri