SOFRIMENTO E GLÓRIA (Sylvio Macri)

“Então um dos anciãos me perguntou: Quem são e de onde vieram estes que estão vestidos de túnicas brancas?” (Apocalipse 7.13)

Uma das cenas mais consoladoras do Apocalipse é a da grande multidão, incontável, procedente de todas as partes do mundo, vestindo túnicas brancas e portando palmas nas mãos, que está de pé diante do trono de Deus e na presença de Jesus, o Cordeiro, e louva o Senhor em alta voz, acompanhada pelos anjos, pelos vinte e quatro anciãos e pelos quatro seres viventes.  

A esta altura já tinham sido rompidos pelo Cordeiro seis dos sete selos do livro mencionado em Apocalipse 5.1, e já tinham ocorrido coisas terríveis, como o surgimento dos quatro cavaleiros da destruição, um grande terremoto, e o pavor, não só dos poderosos como dos cidadãos comuns, e até mesmo dos escravos, provocado pela iminência do juízo final. Enquanto estes tentavam fugir do que estava assentado no trono e do Cordeiro, a multidão dos salvos sentia-se segura em sua presença.

Um dos anciãos, então, faz a João a pergunta acima transcrita, e ele próprio a responde, falando de sua procedência daquela multidão (de onde vem), de sua identidade (quem são), da sua finalidade (o que fazem) e do seu destino (o que lhes acontecerá). Paulo diz, em Romanos 8.18: “Considero que os sofrimentos do presente não se podem comparar com a glória que será revelada em nós.” Para o cristão, depois do sofrimento vem a glória.

O ancião diz que a multidão de túnicas brancas veio da grande tribulação. São os milhões e milhões que pagaram o preço de confessar Jesus como Salvador e Senhor ao longo da história. Fazem parte dessa multidão, porque foram lavados no sangue de Jesus: são os salvos por sua graça, mediante a fé. Receberam, por isso, a função de servir a Deus dia e noite no céu. Foram salvos para servir. Seu destino é a glorificação; nunca mais terão nenhum sofrimento. (Ap.7.14-17)

Pr. Sylvio Macri