“Os outros homens, que não foram mortos por essas pragas, não se arrependeram das obras das suas mãos; não deixaram de adorar os demônios, nem os ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver nem ouvir, nem andar. Também não se arrependeram de seus homicídios, nem de suas feitiçarias, nem de sua prostituição, nem de seus furtos.” (Apocalipse 9.20,21).
Rompidos os sete do livro de Apocalipse 5.1, começa uma nova série de eventos: agora são sete anjos tocando sete trombetas. As primeiras quatro trombetas provocam a destruição de uma terça parte da terra, de uma terça parte do mar, de uma terça parte dos rios e fontes de água e de uma terça parte da lua e das estrelas. A quinta trombeta provoca o tormento dos homens sem Deus durante cinco meses, mas sem os matar.
Mas a sexta e penúltima trombeta traz uma destruição ainda maior, a morte de um terço da humanidade. “A cena toda nãopode ser considerada como mero simbolismo, e, sim, como verdadeiro simbolismo bíblico. (….) A sexta trombeta, como as outras, soa para anunciar a advertência do Deus irado contra o pecado, em resposta às orações dos santos para que o mal não prosseguisse sem punição, e para que justiça fosse feita.” (Michael Wilcock, A Mensagem do Apocalipse, Ed. ABU, SP, 1986, p.740
Os cavaleiros desta cena representam todo tipo de causas de mortalidade, como doenças, epidemias, guerras, crimes, acidentes, catástrofes naturais, terrorismo, genocídio e outras. Depois da destruição trazida pelas trombetas anteriores, esta foi a última e decisiva advertência divina, visando trazer os homens ao arrependimento. Porém, nos decepcionamos ao ler, duas vezes, que os homens “não se arrependeram”.
A destruição, pela estupidez e pecados dos homens, das florestas, mares, rios e atmosfera da terra, infelizmente não tem produzido arrependimento em seus corações. A dizimação de milhões de pessoas em virtude do ódio, fome, doença, vício, uso irresponsável da tecnologia, crença equivocada, ambição de poder, etc., não tem levado os homens de volta para Deus. Pelo contrário eles têm se movido para mais longe dele. Mas chegará a hora em o Senhor dará um basta a tudo isto, e então não haverá mais oportunidade de arrependimento.
Pr. Sylvio Macri