O tema da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira para este ano é “Leve Esperança”. A divisa para este ano é: “Em seu nome as nações colocarão a sua esperança.” (Mateus 12.21). Esse tema fala de uma chamada – para proclamar o nome de Jesus; uma missão – para irmos em nome de Jesus a todas as nações; e uma mensagem – para levar a essas nações a esperança que há em Jesus. Mas, por que levar esperança?
Em Efésios 2.12, o apóstolo Paulo diz que a humanidade estava “sem Cristo, sem esperança e sem Deus no mundo”, portanto numa situação desesperadora. A situação da imensa maioria da humanidade continua desesperadora e é por isso que devemos levar esperança.
As nações pagãs não criam na vinda de um Messias (Cristo), não tinham em suas religiões a figura de um Salvador, que lhes perdoasse os pecados, que lhes desse a certeza da vida eterna. As nações pagãs não tinham nenhuma esperança quanto ao futuro, nenhuma certeza da vida futura. Os gregos, por exemplo, viam a história como algo cíclico; a era de ouro já havia passado, e agora esperavam o pior e não o melhor. As nações pagãs não possuíam o conhecimento do verdadeiro Deus. É interessante que Paulo usa, na língua original (o grego), a palavra “ateus” para designar esses povos, mas o faz no mesmo sentido em que discursou em Atenas, quando observou que, apesar de terem muitos deuses, os atenienses acabavam não tendo nenhum, pois não tinham o verdadeiro.
Precisamos levar à humanidade a esperança de ela ser criada de novo em Cristo Jesus.
Em Efésios 2.14,15, Paulo diz que Cristo “é a nossa paz. De ambos os povos fez um só, derrubando a parede de separação (….) para em si mesmo criar dos dois um novo homem”. Referia-se ele aos judeus que odiavam os pagãos, e vice-versa. A humanidade de então estava dividida, e a de hoje continua dividida. Por guerras, ódio racial, crenças religiosas, ambição imperialista, etnocentrismo, regimes políticos despóticos, exploração econômica, etc. Por isso, o próprio Deus desesperou de tal humanidade e resolveu criar (e está criando) uma nova, na qual não há homem nem mulher, judeus e não-judeus, circuncidados e incircuncidados, incivilizados, selvagens, escravos ou pessoas livres, mas Cristo é tudo e está em todos (Gl.3.28;Cl.3.11). O velho Adão falhou. Jesus Cristo é novo Adão que cumpre o propósito de Deus para a humanidade.
Mas precisamos ser também,apar as nações, um modelo dessa nova humanidade que Deus está criando em Cristo Jesus.
Em Efésios 2.19, o grande missionário diz: “Não sois mais estrangeiros, nem imigrantes; pelo contrário, sois concidadãos dos santos.” O documento do estrangeiro é o passaporte, mas o documento do cidadão é a certidão de nascimento. Levemos aos nossos semelhantes em todo o mundo a esperança de serem cidadãos do Reino de Deus. Porém, mais que cidadãos vizinhos somos familiares, “membros da família de Deus”, como Paulo diz no mesmo versículo. Os refugiados do mundo inteiro precisam saber que podem pertencer à família de Deus. Contudo, o apóstolo vai mais longe e diz, no v.22, que somos “edificados para morada de Deus no Espírito”, o próprio Deus mora conosco. O mundo precisa saber que somos desde já o “tabernáculo” de Deus profetizado em Apocalipse 21.3.
Há muitas maneiras de levar esperança às nações. Guilherme Carey, um jovem inglês, pastor batista pobre, sentado na sua banca de sapateiro, tinha ao seu lado um mapa do mundo e olhava para ele pensando em como poderia cumprir essa missão, até que finalmente concluiu que ele mesmo deveria ir. Alguns jovens pastores se dispuseram a sustentá-lo com orações e com contribuições financeiras. Assim nasceu a primeira agência missionária e Carey tornou-se o pai das missões modernas, um movimento que desde então nunca cessou, e vem crescendo cada vez mais. A maneira mais objetiva de levar esperança às nações é unir-se a uma agência missionária, como a Junta de Missões Mundiais, para ir aos campos ou para contribuir e orar.
Pr. Sylvio Macri