Parei no sinal, enquanto o rádio noticiava a prisão de mais um político, por suspeita de envolvimento em crimes de corrupção, e ao meu lado um carro em alta velocidade ignorava o regulamento de trânsito.
Ao ouvirmos esse tipo de notícia, quase sempre somos tentados a crucificar os políticos, incluindo-os em uma casta caracterizada pela corrupção e desapreço por tudo que é lei, norma, regulamento a que todos estamos sujeitos, mas nem sempre percebemos que ali ao nosso lado alguém desrespeita o sinal vermelho. Todos os políticos não só saem da sociedade mas também são escolhidos por ela. Logo, são um reflexo daquilo que somos.
Há quem pense que a solução para todos os crimes esteja em punições mais rigorosas, mas sabemos que não está. Há os que empunham a bandeira da educação, que é fundamental, mas também não traz a solução.
Só há uma forma de resolvermos o problema da corrupção e do descumprimento da lei em nossa terra. Como aconteceu com Zaqueu, há necessidade de um encontro com Jesus: “Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado” (Lucas 19.8b). Nada mais que um encontro.