Sobre o tema tratado no Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil na cidade de Santos, 13 e 14 de abril de 2016.
Esta é a pergunta de um pastor desanimado, angustiado, ferido, deprimido, que está experimentando lutas tremendas por dentro e por fora. Muito identificado com Paulo em 2 Coríntios 6.4-10, quando relata o seu sofrimento no exercício do seu ministério. Por várias ocasiões o apóstolo aos gentios relata as suas feridas, dores e angústias. Por causa de Cristo, no exercício do seu ministério, ele sofreu abandono, perseguição e agressões das mais variadas.
O pastor assim, percebe-se abandonado por seus pares, por seus companheiros de ministério (2 Tm 4.6-16). Sente-se ferido e alijado. A pergunta-tema é de alguém que se sente só. Nós precisamos responde-la com atitudes e atos de profundo amor, misericórdia e compaixão à semelhança de Jesus. Devemos agir como o samaritano que socorreu o judeu ferido, que havia sido espancado pelos ladrões e estava sofrendo as feridas e as dores das agressões. Há muitos obreiros agredidos e machucados. Sim, diante dessa realidade, precisamos de uma força-tarefa capaz de orar, atender, socorrer, levantar, tratar, encorajar e acompanhar de forma contínua.
O nosso amoroso Pai cuida de cada um de nós com amor, usando pessoas frágeis e limitadas para que a excelência do poder de cura seja dEle e não delas (2 Co 4.7-10). Ele é o nosso Pastor e nada nos faltará. Ele nos faz descansar em verdes pastos e nos leva às águas refrescantes da Sua maravilhosa graça. O Pai é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia (Sl 46.1,10). O poder do Seu Filho se aperfeiçoa em nossa fraqueza (2 Co 12.9,10).
Jesus, que é manso e humilde de coração, tem prazer em cuidar de cada de nós. Sim, Ele que tem um amor incomparável e insubstituível (João 15.13,14).
O amor do amigo que se importa em tratar o cansado, o aflito e o angustiado de alma. Que lança um convite maravilhoso : “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei; tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Sim, um convite ao descanso na Sua fidelidade.
O cuidado de Deus em Cristo Jesus é real, presente e envolvente. É infalível. Ele se agrada de um coração quebrantado e contrito (Sl 51.17). Ele faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; andarão e não se fatigarão” (Is 40.29-31).
Paulo nos ensina que nada, absolutamente nada nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8.39). Este amor é a ancora firme, inabalável que trata conosco em nossos desacertos e recomeços. Como podemos dar graças ao Pai que, em Cristo Jesus, cuida de cada de nós. O Mestre prometeu estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28.20). Glória ao Pai pela suficiência de Cristo em nos tratar e curar afim de sermos obreiros segundo o Seu coração para apascentarmos o Seu povo com ciência e inteligência (Jr 3.15).
