Você tem lembranças amargas? Esta é uma pergunta pertinente. Há muita gente guardando lembranças ruins, nocivas à vida e aos relacionamentos. Rumina recordações tristes na sua história. Torna-se refém de sentimentos e pensamentos difusos. Há um sem número de pessoas guardando amarguras, ressentimentos e decepções na vida. As lembranças amargas são a causa de muitas enfermidades. Estas são chamadas de psicossomáticas. Há uma influência muito forte da psique sobre o corpo. Uma alma doente, adoece o corpo. Há um pensamento que diz: “Mente sã, corpo são”. Creio que há coerência nessa afirmação.
As lembranças amargas levam a pessoa à murmuração e à tristeza profunda. O sentimento de amargura não só adoece quem o possui, como também as que convivem com ela, que fazem parte dos seus relacionamentos. As recordações amargas produzem enfermidades e comprometem os relacionamentos. A nossa mente deve pensar coisas boas, conforme Paulo ensina aos irmãos em Filipos: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (4.8). A nossa mente deve ser ocupada com pensamentos que dignificam o Senhor. Que exaltam o Seu grandioso nome.
Uma pessoa doente emocionalmente compromete a saúde dos seus familiares, colegas de trabalho, escola e igreja. Cria-se um ambiente de insegurança e de negativismo. Precisamos ter cuidado de como tratamos os que estão à nossa volta. O nosso tratamento deve se caracterizar por amor, ternura, mansidão, domínio próprio, longanimidade, fidelidade e fé.
As nossas igrejas precisam tratar desse assunto com muita sabedoria, prudência e discernimento. A Palavra de Deus tem respostas convincentes. Ela é o manual de confrontação, orientação, graça, misericórdia, perdão e restauração. Precisamos evitar que as lembranças amargas dominem a nossa mente e o nosso coração. Somos chamados a substituir as recordações amargas pelas lembranças doces do evangelho de Cristo. O Mestre nos convida ao banquete da graça, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.29). Este é um convite à cura substancial e plena pelo Senhor Jesus que conhece perfeitamente o nosso coração.
Não nos esqueçamos de que as lembranças amargas sempre tentarão tomar as rédeas de nossas vidas. Farão de tudo para nos tirar o foco de Jesus. Trabalharão dentro de nós para nos afastar do livro Santo. Nessas lembranças, o Senhor não tem prazer. O Senhor tem prazer quando O buscamos com o coração quebrantados e contrito (Sl 51.17). Ele quer que lancemos sobre Ele todas as nossas mazelas, incoerências, decepções e angústias.
Que o Senhor nos livre das lembranças amargas, dos ressentimentos e das angustias profundas. Que essas recordações sejam substituídas pelas lembranças que trazem alegria, satisfação, louvor, entusiasmo e contentamento. Que em tudo exaltemos o Seu precioso nome, que está acima de todo o nome (Fil 2.9). Que o Senhor nos livre das recordações doentias, dos pensamentos negativos e destrutivos. Que Ele seja exaltado, dignificado e engrandecido em nosso pensar e em nosso sentir. Que submetamos a nossa mente e o nosso coração ao crivo da Palavra de Deus e dos mais experimentados. Que busquemos ajuda para apagar as lembranças de um passado devastador e comprometedor. Que o nosso pensamento e sentimento estejam guardados na paz de Cristo, que excede todo o entendimento (Fil 4.6,7). Sejam as lembranças amargas suplantadas pela doçura de Cristo, o Senhor.