Sábado, 10/12/16 — UM DOGMA

Refletindo: Refletindo: Isaías 7.14
 
Numa reunião, em que estavam pessoas de diferentes confissões religiosas (e nenhuma), uma senhora, ao final de minha fala, quando a cumprimentei, me advertiu com firmeza: 
– Nunca mais diga que Maria estava `grávida'. 
Tentei argumentar: 
– Como ela teve Jesus, sem ter ficado grávida. 
Ela repetiu sua advertência e acrescentou: 
– Para nós, é um dogma. 
Não era aquela uma hora para polemizar. Ela estava muito irritada. 
A palavra daquela senhora nos ajuda na compreensão desta afirmativa de que uma "virgem conceberá". Cremos, examinando a Bíblia, que Maria não foi fecundada por José, e, sim, pelo Espírito Santo. Assim, quando deu à luz, ainda era virgem. O fim da sua virgindade se deu de dentro para fora. Depois, teve vida sexual ativa, ficou novamente (e várias vezes) grávida, tendo meninos e meninas. (A virgindade permanente de Maria, como ensinada em alguns contextos cristãos, é uma espécie de negação da sexualidade humana, não proposta pela Bíblia.) 
Era preciso que seu primeiro filho lhe nascesse quando ainda era virgem, para que isto servisse de sinal. 
Só um menino nascido assim, desta fecundação miraculosa, podia ser chamado de Emanuel (Deus Conosco) porque foi isto que ele foi e é para nós: todos os dias, até o fim.