Quando lemos a genealogia de Jesus, ficamos sabendo que Raabe se casou com Salmon, do qual teve um filho, Boaz (Mateus 1.1-6).
Quando lemos o livro de Rute, conhecemos a história de Boas de Belém, que deu ordens aos seus empregados para ajudar Rute, estrangeira, recém-chegada de Moabe, a recolher o que sobrava na colheita (Rute 2).
Quando lemos Levítico 19.9-10 e 23.22, somos informados que, na colheita do trigo, não deviam ser recuperadas as esposas que caíssem, que deviam ser deixadas para os pobres (órfãos, viúvas e imigrantes, sobretudo).
Vamos ligar os pontos?
A lei estabelecia regras para a generosidade, a partir do que pressuposto que a solidariedade deve fazer parte dos nossos atos.
Raabe, que não era de Israel, demonstrou generosidade, ao acolher os agentes de Israel em seu território (Jericó). Com Salmon, ela aprendeu que a própria lei prescrevia a prática da bondade. Eles viveram na prática a solidariedade.
Boaz cresceu neste ambiente em que o outro importa, em sua necessidade.
Boaz se tornou adulto. Era rico, mas a semente da generosidade estava no seu coração. No seu encontro com Rute, houve uma oportunidade de ser vista à disposição do seu coração. Ele não precisava de Rute. Ele a ajudou antes de se apaixonar. (E se não a ajudasse, não a conheceria; não a conhecendo, não se apaixonaria…)
Boaz aprendeu a ser bondoso, solidariedade e generoso em casa. Na verdade, é em casa o ambiente onde aprendemos e desenvolvemos as virtudes essenciais para uma tem mais prazer em oferecer do que receber (Atos 20.35). É em casa que aprendemos a servir o próximo como um copo de água fresca, se é de água que precisa.
Os pais precisam avaliar se têm criado em sua casa um ambiente em que a solidariedade se manifeste.
Os filhos que aprenderam a ser generosos em casa devem honrar a boa tradição. Os filhos que não tiveram este privilégio podem começar uma nova história, como Raabe começou a sua.
Israel Belo de Azevedo
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