Costumamos dizer que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, significando, assim, que ela é amplamente suficiente para tudo o que cremos e vivemos. Na verdade, este é um dos nossos princípios doutrinários.
É claro que a Bíblia não é um manual com orientações específicas para toda e qualquer situação, até porque o seu último livro, o Apocalipse, foi escrito há mais de 1.900 anos. Portanto, nela não há nenhum ensino específico sobre como o cristão deve assistir televisão, por exemplo. Mas ela contém princípios básicos muito claros sobre como o cristão deve divertir-se ou praticar seu lazer.
Entretanto, é preciso lembrar que outra doutrina muito importante para nós é que cada indivíduo é responsável e capaz, por si mesmo, de examinar e interpretar a Bíblia, isto é, nenhuma pessoa tem a autoridade de impor a outra aquilo que crê sobre as Escrituras. Por essa razão é que temos classes ou grupos de estudos bíblicos, para que todos possam livremente estudar, discutir e interpretar de comum acordo a Palavra de Deus.
Evidentemente, isso não quer dizer que possamos ou devamos descartar tudo aquilo que os servos de Deus disseram ou escreveram sobre o ensino bíblico ao longo da história da Igreja, mas sim que cada cristão deve apropriar-se voluntariamente dessas interpretações, aceitando-as, apoiando-as e praticando-as por convicção pessoal, de acordo com a sua própria consciência, e não por imposição de outros, pois, como diz a Bíblia, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Dito isso, é possível e necessário concluir que nenhum ensino que vá além ou aquém da Bíblia, nenhum ensino que se desvie dela ou a distorça, deve ser aceito por nós. Aliás, devemos mesmo combater tal ensino, pois sua propagação irá destruir a verdadeira fé bíblica. Não se trata de praticar intolerância, mas de manter a integridade daquilo que cremos.
Devemos e precisamos ler, estudar e meditar mais a Bíblia. Una-se a um grupo ou classe de estudos bíblicos e passe a compartilhar com os demais aquilo que tem aprendido da Palavra de Deus.
Pr. Sylvio Macri