QUANDO O SUCESSO SOBE À CABEÇA – Segunda-feira, 16/10/17

Refletindo: 1 Crônicas 21.1
 
O cronista começa com uma informação sintética: Satanás incitou Davi para fazer um censo em Israel. No entanto, outro cronista (2Samuel 24.1) diz que foi Satanás quem incitou Davi, numa aparente contradição.
O fato é o mesmo: o desejo de Davi em fazer um recenseamento, com objetivo de saber com que forças podia contar para as batalhas do seu governo.
O autor de Crônicas diz que o desejo de Davi foi inspirado por Deus. O autor de Samuel diz que o rei foi inspirado por Satanás.
Primeiro conciliemos as informações. Depois apliquemos as mensagens.
O autor de Crônicas olha para Davi e vê o orgulho e a vaidade tomando conta do seu coração por influência de Satanás. Assim, atribui ao Tentador a responsabilidade. Por sua vez, o autor de Samuel parte de um pressuposto: Deus é o Senhor da história e tudo o que acontece tem a permissão dele. A ação direta foi de Satanás, que não aconteceria se Deus não permitisse. Por isto, ele a atribui logo ao próprio Deus, embora tenha atuado indiretamente.
Desfeita a aparente contradição, podemos fazer uma aplicação. Deus mesmo nos inspira a fazer coisas boas; no entanto, no meio do caminho, sobretudo quando as coisas vão bem, deixamos que os objetivos puros e legítimos que nos moviam vão sendo poluídos pelas tentações e se tornem impuros e ilegítimos. Davi não vigiou seu próprio coração e se tornou presa fácil de Satanás. Precisamos vigiar.

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