É uma chamada irresistível. Manifestação clara da graça de Deus, pois não é mérito humano. Ministério pastoral é serviço abnegado. Chorar com os que choram. Alegrar-se com os que se alegram. Agir com mansidão e humildade. Ministério pastoral é serviço de amor. Não é vacação, mas vocação. É mais coração do que razão. Ministério pastoral pressupõe dependência de Deus, pois Ele salva, chama e capacita. O ministério profético-sacerdotal é caracterizado pela simplicidade do Supremo Pastor e Bispo das nossas almas, o Senhor Jesus, 1 Pedro 5.1-4. Jesus é o seu modelo de entrega, abnegação e consciência de missão. O Espírito Santo é quem nos capacita a exercermos o múnus profético. O ministério pastoral é empatia, simpatia e sinergia. É relacionamento sincero, puro e de comprometimento. É um trabalho extraordinário para homens comuns. O seu maior objetivo é que Deus seja engrandecido.
O ministério é para poucos. Sim, são poucos os que são vocacionados para um trabalho de tamanha envergadura. Poucos são os que estão contidos no contentamento. Poucos são os que sofrem com alegria no exercício do ministério. É reduzido o numero dos que têm amor pelo Senhor e pelo próximo. O ministério pastoral é um combate constante, uma carreira exuberante e uma fé contagiante. O ministro é uma pessoa simples como o seu Mestre. À semelhança do Servo Sofredor, ele quer servir com amor extravagante. O ministro sabe muito bem que precisa ser o exemplo dos fiéis na palavra, no comportamento, no amor, na fé e na pureza, 1 Timóteo 4.12.
Ministério pastoral é relevante e triunfante em Cristo Jesus. Uma das suas marcas indeléveis é a seriedade. Tem no seu DNA a consciência da missão que recebeu do Senhor de evangelizar, treinar e cuidar de pessoas com o amor de Cristo. O ministério pastoral tem três funções sublimes; pastorear ou apascentar com amor; aconselhar com sabedoria e administrar com zelo. O ministro está ligado 24 horas. O seu prazer é andar como Jesus andou, 1 João 2.6; é amar como Ele amou, João 15.13,14; é servir como Ele serviu, Mateus 20.28; é obedecer como Ele obedeceu, Mateus 26.42; e ser conduzido pelo Espírito como Ele foi, Mateus 4.1.
Como ministros do Evangelho, somos chamados a viver e ensinar a unidade da Igreja de Jesus, João 17.20-24. Temos um compromisso com a exposição bíblica centrada em Cristo Jesus, 1 Coríntios 1.22-24; com o ensino bíblico comprometido com a Pessoa e Obra de Cristo visando o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, Efésios 4.11-16; com a mordomia responsável, Malaquias 3.7-10; com uma vida de santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, Hebreus 12.14; com uma vida de fé que agrada a Deus, Hebreus 11.6; com uma vida de humildade à semelhança de Cristo, Filipenses 2.5-8; com uma vida cheia de esperança na certeza da volta do Senhor Jesus Cristo, 1 Tessalonicenses 4.13-18.
Somos ministros alicerçados nas Escrituras, do antigo e novo testamento. Ministros que amam a Palavra de Deus como revelação de Deus, como regra de fé e prática e que têm prazer, deleite na vida de oração, vivendo na dependência de Deus. Os ministros são privilegiados porque foram chamados ao sofrimento de Cristo, conformando-se à Sua morte e ressurreição. Ministros que trazem em seus corpos o morrer de Jesus para que a vida de Cristo se manifeste em sua carne mortal, 2 Coríntios 4.9,10.
Fomos graciosamente chamados por Deus não para disputarmos cargos, mas para levarmos as cargas uns dos outros, Gálatas 6.2. Não para amealharmos bens, mas para viver em função do nosso BEM maior, o Senhor. Ele é a nossa herança. Somos homens comuns, falhos, limitados, vulneráveis, frágeis, mas pertencemos ao sacerdócio real, à nação santa e ao povo de propriedade exclusiva de Deus para anunciarmos Àquele que nos tirou das trevas para a Sua maravilhosa luz, 1 Pedro 2.9,10. Ah, que privilégio, mas também grande responsabilidade sermos chamados para a intimidade com Deus, o relacionamento amoroso e respeitoso com o Seu povo e o cuidado da Sua obra. Como ministros de Deus, lavados e remidos no sangue de Cristo, vivamos para a Sua glória!