DEVOÇÃO, COMUNHÃO E EXPRESSÃO (Oswaldo Jacob)

As Escrituras ensinam com clareza a necessidade de praticarmos a devoção, a comunhão e a expressão de nossa fé em Cristo. Somos testemunhas de Cristo e precisamos de devoção a Deus e comunhão com o irmão.

Jesus morreu na cruz para nos qualificar a uma vida de devoção (intimidade com Deus); comunhão (unidade do Corpo de Cristo) e expressão (a missão de testemunhar de Cristo a toda a criatura).

Nesta exposição, veremos a como são importantíssimos os três substantivos que caracterizam, entre outras coisas, a vida cristã.

 

DEVOÇÃO – amor ao Senhor pela meditação nas Escrituras e pela prática da oração (Salmos 119.97-105; Lc 18.1).

A nossa vida devocional diária está para o espírito, para a mente e as emoções como o alimento está para o corpo. Assim como o corpo precisa do alimento para sobreviver, o espírito, a mente e as emoções precisam do alimento vindo da parte de Deus pelas Escrituras e pela oração para a sua manutenção.

Quando meditamos nas Escrituras, Deus fala conosco. Quando oramos, falamos com Ele em temor e tremor. A devoção é adoração.

A devoção fortalece a nossa vida espiritual, alarga a nossa mente e equilibraas nossas emoções. Ela também aumenta a nossa sensibilidade no campo espiritual. Amplia a nossa percepção da vontade de Deus diante das necessidades do próximo.

A devoção é remédio, é bussola, alimento e encorajamento. Ela é uma autêntica adoração. Quando fazemos a nossa devocional pessoal ou coletiva, estamos adorando a Deus no Espírito e em verdade, João 4.24.

Na devoção conhecemos mais a Deus e a nós mesmos. Nela, o ego sai do centro para dar lugar a Cristo, ao Seu domínio e orientação.

 

COMUNHÃO – amor ao próximo como a nós mesmos (Salmos 133; Mateus 22.37-40 e Atos 4.32).

No Salmo 133 aprendemos que a comunhão vem de cima, pois o verbo desceraparece três vezes nos três versículos do Salmo. A comunhão (comum + união) tem como fundamento a Trindade (a revelação perfeita da comunhão) e o consequente amor fraterno. Quando fazemos uma leitura de João 17 – a oração sacerdotal de Jesus –, percebemos claramente o testemunho acerca da Sua unidade com o Pai. Está muito clara a operação do Espírito na oração sacerdotal de Jesus.  

No texto de Mateus 22.37-40, Jesus nos ensina dois princípios cardeais da vida cristã: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e com todas as forças, e ao próximo como a si mesmo.

No texto primoroso de Atos 4.32, encontramos alguns princípios: fé, unidade de coração(kardia – coração, mente, personalidade, caráter, vida íntima, estado emotivo, vontade, intenção); e de propósito (psique –  alma, vida); desprendimento e liberalidade.

 

EXPRESSÃO – amando ao Senhor e ao próximo, testemunhando do evangelho (Salmos 40.1-3; Atos 1.8).

O texto do Salmo 40.1-3, nos remete à grande diferença entre a vida sem Cristo e a vida com Cristo. Este texto é um relato da nossa pequena biografia. O verso 3 fala da alegria da salvação e o consequente testemunho: “Muitos verão isso, temerão e confiarão no Senhor”.

O texto de Atos 1.8, nos fornece alguns princípios da nossa missão de testemunhar de Cristo: o poder quevem do Senhor, do Seu Espírito; depois, estamos qualificados para o testemunho; e no final do texto temos o alcancegeográfico do nosso testemunho. Aqui é a nossa missão global. O cristão genuíno é um ser global.

 

Há uma ligação íntima entre devoção, comunhão e expressão. Como comungarei com o meu irmão se não o faço com o Senhor? Como evangelizarei o perdido se não tenho comunhão com o meu irmão?

O amor liga esses três substantivos – devoção, comunhão e expressão. O amor é o vínculo da perfeição, Colossenses 3.14. A vida cristã é formada por esse tripé.  Precisamos fazer uma avaliação de nossas vidas à luz das Escrituras. O tempo é essencial para a comunhão com o Senhor (adoração), com o nosso irmão (fraternidade) e o nosso testemunho aos perdidos (expressão). A nossa agenda não pode prescindir desses três substantivos cristãos. Deus é glorificado quando praticamos esses três princípios.