Refletindo: Esdras 10.9-14
Até mesmo para fazer o que é certo, devemos ser calmos.
No passado, Moisés queria fazer o que era certo e trabalhava até à exaustão. Seu sogro teve de ensinar Moisés a distribuir as tarefas pelos membros da sua equipe. Assim, ele se cansaria menos e faria melhor o seu trabalho. Agora, é Esdras. Diante de um problema grave, ele queria uma solução imediata. Todos sabiam que o casamento com mulheres estrangeiras era um perigo para Israel, porque elas traziam seus deuses e levavam suas famílias a adorar esses deuses. Essa foi a razão pela qual Salomão, o sábio, fracassou fragorosamente.
O mandamento que proibia casamento inter-raciais (Êxodo 34.11-16; Deuteronômio 7.1-5) foi desobedecido e a questão tinha de ser resolvida. Esdras tinha pressa: queria que as mulheres fossem imediatamente despedidas. Quando estavam reunidos para deliberar, veio uma chuva forte. As pessoas se molhavam, mas ele não se deu conta de que precisava suspender a reunião. Esdras tinha pressa. Então, ele ouviu um conselho sábio. Antes, já ouvira a sugestão de Secanias (Esdras 10.2-4). Todos reconheciam que tinham pecado e estavam dispostos a reparar o erro.
No entanto, a justiça requer um processo em que os dois lados sejam ouvidos. O conselho era encerrar a reunião e conclamar cada família a se apresentar perante os juízes, para que cada caso fosse julgado. Esdras tinha pressa, mas percebeu que estava forçando, que estava fazendo as pessoas correrem riscos diante da chuva forte e que podia cometer injustiças. Ele concordou. Cada caso foi julgado e, no tempo oportuno, tudo foi resolvido. Muitas vezes temos pressa de fazer as coisas, mas até para fazer as coisas certas temos que agir com paciência, para não errarmos.
_________________________
REPRODUÇÃO — Autorizamos a reprodução deste conteúdo com a condição que seja citada a fonte nos seguintes termos: Reproduzido do site PRAZER DA PALAVRA, de Israel Belo de Azevedo, que pode ser ser acessado em www.prazerdapalavra.com.br.
