RESTAURANDO A CRIAÇÃO (Sylvio Macri)

No capítulo 9 do Evangelho de João temos a narrativa de como Jesus curou um cego de nascença, cumprindo, assim, o que ele dissera anteriormente, aplicando a si mesmo a profecia de Isaías 61.1,2. Nesse episódio vemos que os discípulos tentaram iniciar uma especulação teológica, perguntando a Jesus: “Quem pecou para que ele nascesse cego; ele ou seus pais?” (v.2). Jesus respondeu que não era hora de discutir a origem do mal, mas de realizar as obras de Deus. E logo cuspiu no chão para fazer um pouco de barro e aplicá-lo nos olhos do cego, e mandou-o lavá-los no tanque de Siloé. O que o (ex) cego fez e voltou enxergando.  

Por uma razão qualquer aquele homem tinha nascido cego; a obra de Deus nele não foi completa, não nasceu perfeito. Por isso, Jesus, evocando a criação do homem que, como diz a Palavra de Deus foi formado do pó da terra (Gn.2.7), usou novamente o pó da terra, misturou-o com sua própria saliva e completou a criação de Deus naquele homem. A Palavra de Deus diz que “se alguém está em Cristo é nova criação” (2Co.5.17). Nesse acontecimento vemos que a nova criação pode também abranger o físico.

A obra de Cristo é restaurar a criação. Pedro diz, em Atos 3.21, que Jesus foi recebido no céu “até o tempo da restauração de todas as coisas” e o próprio Jesus disse: “Eu faço novas todas as coisas” (Ap.21.5). Mas para aqueles que experimentaram o novo nascimento pelo poder do Espírito Santo quando creram em Jesus como Salvador, essa realidade já se faz presente, já são nova criação. A maneira pela qual Jesus curou o cego de nascença é uma amostra de como Jesus pode restaurar a obra da criação de Deus no homem.

Pr. Sylvio Macri