MAIS QUE FELIZES (Oswaldo Jacob)

Discute-se muito hoje o conceito de felicidade. No mundo, ele está ligado a sentir-se bem, realização pessoal, familiar; ter dinheiro suficiente para lazer, entretenimentos. Tem a ver com a qualidade de vida e a busca do prazer pelo prazer. Mas, as pessoas bem-aventuradas, mais que felizes, segundo o ensino de Jesus, estão contidas no contentamento e absolutamente descolados do poder das coisas visíveis, ou seja, estão livres das compulsões ditadas pelo “deus do entretenimento” e pelo sistema chamado mundo.

As pessoas que vivem os ensinos de Jesus neste mundo realmente são mais que  felizes. Na verdade, são as que receberam o novo coração, experimentaram o novo nascimento, identificados com Cristo Jesus na Sua vida e na Sua morte, ressuscitando com Ele em novidade de vida (2 Coríntios 5.17; Colossenses 3.1-4). Agora, elas não têm mais um coração de pedra, incrédulo, insensível, mas um coração de carne, de fé e altamente inclinadas aos ensinos do Senhor. São aquelas que aprenderam a viver contentes em toda e qualquer situação (Filipenses 4.11-13).

 São muito felizes as pessoas estão submissas ao ensino de Jesus Cristo (Mateus 5.1,2). Este ensino transformou seus corações, renovou suas mentes, forças, ampliou em muito a sua visão de mundo ou cosmovisão. Agora, elas têm o espírito de sabedoria e discernimento (Efésios 1.17). Andam como Jesus andou (1 João 2.6). A sua maneira de viver é caracterizada pela mansidão e humildade (Mateus 11.29). As suas ações e reações estão em conformidade com os ensinos do Mestre. Permanecem em Cristo Jesus e dão muito fruto (João 15.5).  

Desprovidas de qualquer orgulho espiritual, as pessoas mais que felizes são humildes de espírito, pois reconhecem as suas debilidades, fraquezas, frustrações e limitações (Mateus 5.1-12). Têm consciência da sua miserabilidade (Romanos 7.24). Como ensina Martin Lloyd Jones: “Elas têm a consciência de que nada são, que nada têm, olhando para Deus em total submissão a Ele, e dependem inteiramente de Sua misericórdia, de Sua graça”.

Sim, mais que felizes são os que confiam na Pessoa e Obra de Cristo (João 6.68,69). Elas contemplam ao Senhor Jesus Cristo, vendo-O conforme Ele está descrito nos Evangelhos. Reconhecem as suas carências. Podem afirmar com muita segurança: “Nada trazemos em nossas mãos; Só na tua cruz nos agarramos. Vazios, desamparados, nus e vis. Entretanto, o Senhor é Todo-Suficiente – Sim, tudo quanto nos falta em Ti encontramos. Oh, Cordeiro de Deus, nos achegamos a Ti! (Lloyd-Jones).

Como pessoas muito felizes elas creem na suficiência das Escrituras. Pedro, o pescador, obedecendo à ordem de Jesus, lançou as redes, pegando uma quantidade enorme de peixes, depois de uma noite toda improdutiva (Lucas 5.5). As pessoas que encontraram a satisfação em Cristo Jesus são realmente bem-aventuradas ou mais que felizes. Elas não vivem mais ao sabor das circunstâncias, mas na dependência de Cristo Jesus, pela fé. São desapegadas dos bens materiais, títulos, reconhecimentos, prêmios, cargos e das honras deste mundo. A sua riqueza é invisível e está preparada por Cristo Jesus antes da fundação do mundo. 

Para as pessoas mais que felizes “o viver é Cristo e o morrer, lucro(Filipenses 1.21). Elas têm a certeza da vida eterna (João 5.24; 10.28). Consciência de sua missão. Suas metas são arrojadas. Seus sonhos estão alinhados com os ensinos de Cristo Jesus. A graça de Cristo basta para elas, pois o Seu poder se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12.9,10). Os seus lábios cantam a vitória de Cristo Jesus sobre a morte, ressuscitando dentre os mortos (Mateus 28.1-20; 1 Coríntios 15.1-5). Por esta razão, os cristãos são otimistas, assertivos, prestativos, criativos e proativos. Os seus corações descansam na fidelidade do Pai. O seu prazer é a lei do Senhor e nela medita dia e noite (Salmo 1.1-3). A paz de Cristo é o árbitro em seus corações (Colossenses 3.15). A gratidão e a alegria são duas notas muito fortes na música das suas almas (1 Tessalonicenses 5.18; Filipenses 4.4). A glória de Deus é o seu maior alvo e o seu maior prazer.