A BOCA DO LEÃO (Sylvio Macri)

Paulo diz que, por ocasião de seu julgamento, apesar de ter sido abandonado por todos, o Senhor esteve ao seu lado e o fortaleceu, e foi “livrado da boca do leão” (2Tm.4.17). Por causa de sua fidelidade ao Senhor, Daniel foi lançado na cova dos leões para ser devorado por eles, mas o Senhor livrou-o, como ele mesmo disse: “O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões” (Dn.6.22). O autor da Carta aos Hebreus diz que os heróis da fé, entre outras coisas, “fecharam a boca de leões” (Hb.11.33).

A besta que emergiu do mar, a qual formava uma trindade satânica com o dragão vermelho e com a besta que emergiu da terra, foi descrita pelo Apocalipse como tendo uma boca semelhante à de um leão (Ap.13.2). E Pedro diz que o Diabo, nosso adversário, “anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem possa devorar” (1Pd.5.8). Assim, apesar de ser usada inúmeras vezes na Bíblia como símbolo de realeza e nobreza, a figura do leão é também usada como símbolo do Diabo, devorador de corações e mentes.

De fato, o leão, o segundo maior de todos os felinos, possui mandíbulas possantes, dotadas de 30 dentes grandes e fortes, e músculos poderosos, capazes de segurar e rasgar um animal pesado. A força de sua mordida é de 430 kg, correspondente ao peso de um cavalo. Para matar suas presas adota táticas de emboscada, iniciando seus ataques a 30 metros de distância das vítimas. Por isso, o leão é uma metáfora adequada para simbolizar o poder satânico. É preciso estar alerta para que seus ataques não nos surpreendam e destruam.

Portanto, façamos a oração do salmista: “Salva-me da boca do leão” (Sl.22.21), e resistamos a essa fera satânica, firmes na fé, sujeitando-nos ao Senhor, e ele fugirá de nós (1Pd.5.9;Tg.4.7).

Pr. Sylvio Macri