AMADOS PARA AMAR (Oswaldo Jacob)

Em me amares, tornaste-me amável(Agostinho de Hipona, 354-430 d.C)

 

Somos filhos do Deus que é amor (1 João 4.8). A revelação máxima do amor de Deus está em Jesus Cristo, nosso Senhor (Romanos 8.38,39). Os filhos de Deus o são por direito de criação e de redenção (Gênesis 1.26; João 1.12). Toda a revelação de Deus está centrada no Seu amor e na Sua glória. Deus é glorificado quando vivemos o Seu amor entre nós. O novo mandamento deixado por Jesus é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou (João 13.34,35; Efésios 5.1,2). O amor de Jesus é o padrão dos nossos relacionamentos dentro e fora lar. O Seu amor é sublime e incomparável (João 15.13,14).

Fomos criados para amarmos uns aos outros. Para nos curarmos mutuamente. A igreja de Jesus é um hospital para pecadores. Fomos criados e redimidos para vivermos a comunidade do amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O amor que jamais acaba (1 Coríntios 13.4-8). Somos a comunidade da graça e do perdão. Celebramos todos os dias o amor de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor. Quando cremos que Deus nos ama, somos instrumentos do Seu amor. Passamos a espalhar esse amor sublime que cura as feridas e restaura os relacionamentos quebrados (Efésios 4.32).

Somos amáveis em Cristo, a encarnação do amor do Pai. O amor de Deus em nós tem o poder extraordinário de nos fazer amáveis. Devemos ser semeadores do amor de Deus. As nossas atitudes e os nossos atos devem ser marcados pelo amor que é puro e desinteressado. O amor que serve à semelhança de Jesus (João 13.1-20). O amor que levanta o caído pelas decepções da vida; que encoraja o desanimado; que amplia a visão estreita; que dilata o coração pequeno; e que traz alívio ao sofrimento atroz. Pedro nos ensina que devemos ter profundo amor uns pelos outros (1 Pedro 4.8).

O amor de Deus em nós é perdoador, mobilizador, catalizador e empreendedor. Ele não é simplesmente reativo, mas proativo. Não é sentimento, mas atitude, decisão sublime. O amor genuíno gera gentileza. Ele tem a capacidade de construção e reconstrução. Não alimenta preconceito. O amor cobre todas as dimensões da vida humana. O amor é sublime. O amor lança fora todo o medo. Ele traz segurança, pois temos um Pai cuja natureza é amor.

O autêntico amor não aprova a hipocrisia, a falsidade, a dissimulação, a discórdia e a bajulação. O amor trabalha eficiente e eficazmente no solo da sinceridade, da autenticidade, da alma desnuda e do reconhecimento sincero do próximo, do seu enorme valor. O amor transforma circunstâncias e renova o coração. Ele supera as adversidades. Vence o ódio. Une as pessoas. Causa empatia e simpatia. O amor não é extático, mas dinâmico. Não aprova o erro, mas sempre estimula a verdade. O amor desconstrói sofismas. Ele tem prazer na justiça. O amor tem tudo a ver com a verdade.

Fomos criados por Deus para vivermos o amor fraternal. Na economia do amor quanto mais amamos mais temos do amor. O depósito do amor só enche à medida que amamos. Os filhos de Deus amam porque Deus é amor. O amor traz alegria, sinergia, sensibilidade e cumplicidade nos relacionamentos. Como ensina o apóstolo Paulo: “Sede imitadores de Deus como filhos amados e andai em amor como Cristo nos amou e a Si mesmo se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício com aroma suave” (Efésios 5.1,2). Não nos esqueçamos: Somos amáveis porque Deus nos amou (João 3.16). Todo o mérito é exclusivamente dEle.