Há uma palavra no hebraico para “serpente, ofídio” e ela é “Nahash” (pronuncia-se o “h”, pois a segunda consoante é hêt). Quando chegamos ao capítulo 11 de 1 Samuel nos surpreendemos com o nome do rei dos amonitas, que é nada mais, nada menos , Nahash. É bom lembrar que os moabitas (atual Jordânia) e os amonitas, foram inimigos declarados e ferrenhos de Israel ao longo da sua história. Pois bem, esse Nahash (grande possibilidade de ser palavra masculina) cujo nome significa “serpente”, reinava sobre os amonitas que foram vencidos por Jefté, juiz de Israel, e se fizeram de “mortos” cerca de noventa anos. É a tática milenar do Inimigo; ele se faz de morto à espera de uma nova oportunidade, como ocorreu com o Senhor Jesus ao ser tentado por Nahash no início de seu Ministério, como o evangelista Lucas registra “E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por um tempo” (4.13).
Como bom predador Nahash voltou seus olhos para duas tribos de Israel, Gade e Manassés, que ficavam isoladas das demais, ao oriente (leste) do Rio Jordão, região excelente para a criação de gado. E, nesse bote, acampou seu exército contra Jabes-Gileade. Viver isolado(a) é ser presa fácil! Esse efeito surpresa fez com que os líderes das tribos israelitas propusessem um acordo de subserviência. E eis a resposta de Nahash: “Com esta condição farei um pacto convosco: que eu possa arrancar todos os vossos olhos direitos, e lançar isto como um vexame sobre todo o Israel.”(1 Sm.11.2). Que você achou da proposta? Indecente, não é?
Você, leitor atencioso da Bíblia, pode estar peguntando… Por que o olho direito? E há uma explicação para isso. Os soldados destros, que eram a maioria, seguravam o escudo com a mão esquerda e viam o inimigo no combate com o olho direito, logo, vazando-lhes o olho direito estariam inutilizandos para guerrear. Aplicando isto para o momento atual, é o mesmo que Satanás quer fazer com os servos de Deus, soldados de Cristo: arrancar-lhes a visão, impedir-lhes de continuar lutando pela Causa do Evangelho, do Evangelho puro, integral, não falsificado.
Diante dessa maligna proposta, os israelitas do leste do Jordão pediram um prazo de sete dias e, imediatamente, enviaram mensageiros às tribos do ocidente (oeste) expondo o momento aflitivo que viviam.
Conclusão. Israel comprou essa briga arregimentando 330 mil soldados, sob a liderança de Saul, que seria entronizado rei de Israel. Houve estratégias inteligentes e no dia em que Nahash esperava que as duas tribos se rendessem, foram desbaratados, de madrugada ainda, pelo exército de Israel, de forma que nem uma dupla de amonitas permaneceu junta.
Quem é o “Nahash” que quer furar, arrancar seu olho?…Qual o nome dele (a)? Busque socorro no Senhor Jesus agora, pois, na cruz, Ele já golpeou a cabeça de “Nahash”.
Que o Espírito Santo complete em seu coração o que você está precisando nestes dias.
Eraldo Bernardo
Pastor Titular da Igreja Batista Memorial em Manguinhos, Rio.
