Temos consciência de nossa vulnerabilidade latente e nos identificamos com o filho pródigo que, tenho pedido ao pai a parte de sua herança e saindo de casa, foi viver em devassidão, noitadas, orgias, na prostituição, mergulhado no hedonismo ou prazer pelo prazer, adorando o "deus do entretenimento". O outro filho, o mais velho, pródigo em legalismo, permaneceu em casa, mergulhado em sua justiça própria, sua religião de méritos, seu pódio de espiritualidade oca e de juízo temerário (Lucas 15.11-32; Mateus 7.1-5). Os dois eram pecadores dentro e fora de casa. Nós também somos. A nossa natureza humana é perversa, animalesca, corrompida, inveterada, egoísta, gananciosa, carnal, vingativa, ressentida, odiosa, intempestiva, passional com os próprios erros, com a imoralidade em vários níveis.
Somos especialistas em justificativas ou desculpas com os nossos próprios erros, desacertos. Como legalistas, somos implacáveis em julgar os outros. Não gostamos da festa alheia. Causa-nos desconforto. Temos problemas com o sucesso do próximo. Vivemos nas igrejas, nos trabalhos missionários, no ativismo religioso, mas longe de Deus Pai, da Sua intimidade, de uma vida devocional rica e contagiante. Participamos do culto a Deus nos templos, mas não O cultuamos em casa com a família.
Diante do Deus de amor incondicional, precisamos nos arrepender de nossas incoerências, confessarmos as nossas culpas, abrirmos a nossa caixa preta, tratarmos a nossa raiz de amargura e buscarmos a santidade de vida, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14).
Diante do Deus que esbanja amor incondicional, precisamos, urgentemente, amar os nossos inimigos, bendizer os que nos maldizem e abençoar os que nos perseguem. Somos filhos do Deus de amor incondicional. Nada fizemos para Ele nos amar. Ele nos ama porque a Sua natureza é AMOR (1 João 4.8). Como precisamos orar e nos suportar mutuamente! Construirmos pontes e não muros, sendo bençãos para os outros. Proclamemos a paz de Cristo que deve ser sempre o árbitro em nossos corações (João 14.27; Colossenses 3.15).
Diante do Deus de amor incondicional, necessitamos servir e estender as mãos aos que mais precisam, aos miseráveis, sendo samaritanos em profusão. Vivermos a solidariedade cristã com o coração dilatado e com intensidade. Como precisamos ser tomados do amor, da mansidão, compaixão e humildade do Mestre! (Mateus 11.29). Ele deu a Sua vida por nós para que sejamos Seus amigos. Sim, para que não mais pertençamos a nós mesmos, mas a Ele, que nos comprou com o Seu próprio sangue na cruz do Calvário (Romanos 14.7-9).
Como o filho pródigo que saiu da casa do pai e retorna arrependido da sua ingratidão, rebeldia e desobediência, devemos nos arrepender dos nossos pecados, das nossas transgressões e maldades. Reconheçamos que sem o Senhor nada podemos fazer (João 15.5). Caminhemos, portanto, sob a direção do Deus de amor incondicional sorvendo os ensinos de Jesus de Nazaré, iluminados pelo Espírito Santo. Vivamos como filhos de Deus cujo amor é muito maior do que o amor de mãe (Isaías 49.15). Vivamos para a Sua glória!!!