O sequestro dos passageiros do ônibus da Viação Galo Branco na Ponte Rio-Niterói nesta manhã de terça-feira, dia 20 de agosto de 2019, e a morte do sequestrador, William Augusto da Silva, 20 anos, alvejado por um atirador de elite do BOPE, revela mais uma vez o alto índice de violência no Rio de Janeiro. Também, como a vida do ser humano é banalizada. Essa violência endêmica é absurda e tem como causa principal a natureza perversa do homem sem Deus (Romanos 3.23; Efésios 2.1-3). Ela traz outras causas decorrentes como a injustiça de todas as formas, a corrupção, ganância, inveja, maldade, maus pensamentos e sentimentos; o desrespeito, a desobediência, rebelião, maledicência, o ódio, ressentimento, a amargura e outras anomalias do coração (Jeremias 17.9; 2 Timóteo 3.1-5).
O homem está doente, infeliz, dominado pela tecnologia fácil e atraente, escravizado pelas redes sociais, robotizado pelo celular e outros entretenimentos, sem desejo de relacionamentos tête-à-tête e alienados de Deus. Vivemos numa sociedade dispersa e alienada. É impressionante o artificialismo do ser humano! Tanta gente fútil. É chocante a sua falta de sensibilidade com a dor do próximo. Estamos muito mais para as atitudes dos religiosos e dos assaltantes do que para a atitude do samaritano, na parábola contada por Jesus. A violência dos salteadores e a indiferença dos religiosos são patentes (Lucas 10.25-37). Temos religiosos e seculares absolutamente voltados para si mesmos, para os seus mimos e interesses pessoais. Há seres humanos que vivem como animais, agindo com base nos seus instintos. Vivem egoisticamente. Adoram os deuses chamados dinheiro, hedonismo, entretenimento, status, fama, vaidade. Apreciam e lutam pelo pódio, reconhecimento. Buscam freneticamente a projeção pessoal.
Não eliminaremos a violência, mas podemos diminui-la fortemente com atitudes e ações propositivas, com leis mais severas, duras; também demonstrando amor, ternura, perdão, misericórdia e solidariedade. A mudança do coração é essencial. Não desanimemos! Façamos a nossa parte mudando o nosso entorno. Sirvamos uns aos outros como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro 4.10). Oremos pelo Brasil, testemunhemos e ensinemos os valores de Cristo Jesus ou os princípios do Seu Evangelho. Confiemos no Deus que transforma radicalmente a natureza perversa do homem, tornando-o uma nova criatura (2 Coríntios 5.17). Esta é a troca do coração de pedra (incredulidade) pelo coração de carne (fé). Aqui está o maior milagre!