A HISTÓRIA DE RUTE, UMA PARÁFRASE POR ISRAEL BELO DE AZEVEDO – PARTE 4

(2.8-13)

“Você procurou refúgio sob as asas do Deus Eterno”.

 

Boaz, então, olhou para Rute e lhe disse:

— Minha filha. Que bom ter você aqui. A partir de agora você não precisa procurar outra plantação para colher suas espigas. Você pode ficar aqui na companhia das minhas empregadas.

Boaz acrescentou:

— Fique sempre atenta. Quando as empregadas forem fazer a colheita da cevada, vá atrás delas. Já determinei que nenhum empregado mexa com você. Fique tranquila. Se tiver sede, fique à vontade para beber a água que os empregados tiram do poço.

Rute se inclinou até o chão, como se Boaz fosse um rei, e assim mostrou toda a sua gratidão.

Quando se levantou, perguntou:

— Não sei porque o senhor está me tratando com tanta generosidade. Por que o senhor se importa com estrangeiras como eu?

Boaz lhe respondeu:

— Minha filha, já me contaram tudo o que você vez por Noemi, sua sogra. Você não a abandonou. Você deixou sua família, seus amigos e sua terra e veio viver entre um povo que não conhecia. 

Boaz disse ainda mais:

— Desejo que o Deus Eterno lhe recompense pelo bem que fez à Noemi. Saiba que você procurou refúgio no lugar certo, sob as asas do Deus Eterno.

Rute respondeu a Boaz:

— Oh, meu senhor, eu te agradeço muito. O senhor está me ajudando e me dando ânimo para viver. Estou me sentindo muito valorizada, e nem sua empregada eu sou. Muito obrigada.

 

(2.14)

“O que sobrou ela guardou”.

 

Na hora do almoço, Boaz chamou Rute e lhe disse:

— Venha para a mesa e coma. Beba um pouco de vinho também.

Rute se assentou junto com os empregados e Boaz lhe passou pães de cevada. Ela comeu até ficar satisfeita. O que sobrou ela guardou.

 

(2.15-16)

“Tratem bem esta moça”.

 

Quando Rute se levantou para voltar à colheita, Boaz repetiu a ordem que já tinha dado:

— Prestem atenção. Deixem que esta jovem pegue as espigas que quiser, e não só as que caírem. Quero que vocês a ajudem. Quero mais: quero que deixem que algumas espigas caiam de propósito de suas mãos, para que ela pegue. Tratem bem esta moça.

 

(2.17)

“Quando Rute chegou em casa, entregou tudo para Noemi”.

 

Durante toda a tarde, Rute esteve pegando espigas de cevada na fazenda de Boaz. 

Depois, debulhou as espigas e colocou numa vasilha. Então, voltou para casa, na cidade, levando 20 litros de cevada. 

Quando Rute chegou em casa, entregou tudo para Noemi, não só a cevada, mas também a comida que tinha guardado para ela, do que sobrara do seu almoço na mesa de Boaz.

 

(2.18-20)

“Hoje eu trabalhei numa fazenda, cujo dono se chama Boaz”.