“A gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos”.
(Clarice Lispector, 1920-1977)
Eu te agradeço, querida,
pelos telefonemas que deu ou mensagens que enviou para perguntar como iam as coisas, apenas para saber ou talvez por pressentir,
pelas vezes em que calou, quando queria falar, e falou, quando queria ouvir,
pelas manhãs e tardes que ficou em casa preparando a comida para me nutrir,
pelos dias todos em que chorou, quando as coisas pareciam dar errado para mim,
pelas noites que esperou por mim (e foram tantas, tantas vezes) mesmo que eu demorasse a surgir,
porque você não me reteve no seu ventre, onde minha história não terminaria,
porque você me mandou atravessar independente a rua, pedindo-me cuidado na travessia,
porque você não me deixou só no quarto do hospital, quando eu me restabelecia,
porque você deixou que eu comesse toda a porção do prato, que também era o que você preferia,
porque você complementou a disciplina oferecida pelo papai com outra forma de reprovar o que eu fazia,
porque você me defendeu, mesmo quando eu não merecia nenhuma boa palavra,
porque você sempre acreditou em mim, mesmo quando nem eu mesmo acreditava.
Só quero lhe dizer agora, na sua memória ou no seu ouvido:
— Mamãe, eu sou o que sou, graças ao seu amor para comigo.
“Senhor, tu formaste o meu interior, tu me teceste no ventre de minha mãe”. (Salmo 139.13)
Bom dia!!!!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
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