(1.39-45)
Assim que foi possível, Maria arrumou sua mala e seguiu em direção a Jerusalém, na região montanhosa de Judá, no sul de Israel.
Quando ela chegou à casa do casal e o saudou, o bebê que estava no ventre de Isabel se mexeu fortemente. Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, exclamou, empolgada:
— Olá, Maria, mulher bendita é você. Bendito é o bebê que você está esperando. Para mim, é uma grande honra receber na minha casa a mãe do nosso Messias.
Enquanto ainda se cumprimentavam, Isabel acrescentou:
— Maria, vou lhe dizer o que acaba de acontecer comigo. Assim que você me cumprimentou, senti que meu bebê estremeceu de alegria no meu ventre. Que coisa maravilhosa. Feliz é você por ser uma mulher de fé. Tudo o Deus Eterno lhe revelou vai acontecer.
(1.46-55)
Então, Maria falou sobre o que sentia, citando várias passagens da Bíblia:
— Estou muito feliz diante do meu Senhor.
Nele encontro alegria plena.
Ele olhou para mim,
Sendo eu tão pequena,
E me abençoou.
Por causa disto, meu nome ficará na história
Como uma mulher cheia de felicidade.
Grandes coisas o Deus Eterno me tem feito.
Eu celebro a sua bondade.
Eu celebro a sua misericórdia,
Que jamais acaba.
Trago na minha memória
Que Ele é mesmo poderoso
E desfaz o plano de quem é vaidoso.
Ele tira dos tronos os insolentes
E valoriza os humilhados mas crentes.
Os famintos são alimentados,
Os ricos são desprezados.
Foi Ele quem, fiel à promessa
Que fez a Abraão, nosso patriarca,
Protegeu Jacó e todos os seus descendentes,
Desde os tempos antigos até agora,
Pela vontade de sua graça.
(1.56)
Maria ficou hospedada durante três meses na casa de Isabel. Depois voltou para a casa dela em Nazaré.
(1.57-66)
No final de sua gestação, Isabel teve um filho. Seus parentes e vizinhos se alegraram diante da graça recebida por parte do Deus Eterno.
Como era o costume, no oitavo dia de vida, o menino precisava ser circuncide. Os parentes e vizinhos acompanharam os pais dele até o lugar do procedimento. Nesse momento, o menino também recebia seu nome.
Surgiu uma discussão porque os parentes e vizinhos queriam que o bebê se chamasse Zacarias, em homenagem ao pai. Isabel não concordou.
— Zacarias, não. De jeito nenhum! O nome dele será João.
Os parentes e vizinhos protestaram:
— Que novidade é essa? Não tem ninguém na sua família com esse nome.
Então, apelaram para o pai e, por meio de sinais, perguntaram-lhe que nome preferia. Para responder, ele pediu uma tabuleta de madeira onde pudesse escrever. Ele escreveu:
— João.
E a discussão terminou.
Nesse exato momento, Zacarias recuperou a fala e da sua boca saíram cânticos de louvor ao Deus Eterno.
Seus vizinhos ficaram cheios de alegria e fé.
A notícia correu por toda a Jerusalém e pelas cidades próximas.
A curiosidade sobre o futuro de João crescia a cada dia.
E o Deus Eterno cuidava do menino.
(1.67-
E Zacarias, inspirado pelo Espírito Santo, proferiu a seguinte oração:
“Bendito sejas, oh Deus Eterno, o Deus em que Israel crê.
Bendito sejas porque vieste até nós para nos libertar.
Plena e poderosa é a tua presença entre nós,
Os descendentes de Davi, o rei que te serviu.
Bendito sejas porque cumpres tuas promessas,
Como anunciadas por teus antigos profetas.
Bendito sejas porque nos libertas
Das mãos dos que planejam e executam a maldade,
E não apenas no passado,
Não apenas na história,
Mas também agora,
Porque o que disseste a Abraão
Vale para hoje também:
Seremos livres para adorar,
Seremos livres para crer,
Firmes na santidade e justiça
Que o Senhor mesmo requer”.
Depois, voltou-se para o filho e disse:
“Quanto a você, João, meu filho amado,
Profeta por todos você será considerado
Porque você preparará o caminho para o Messias,
Sempre falando em nome do Todo-poderoso,
Para que em Israel haja salvação,
Para que em Israel haja confissão,
Para que em Israel acha perdão.
Por sua boca saberemos que o Deus Eterno