Salmo 35
PEDINDO POR JUSTIÇA
(35.1-3)
Oh Deus Eterno, preciso que me defendas
Contra os que me acusam;
Fica do meu lado
Contra os que me atacam.
Vem em meu socorro
Com todo o teu poder.
Não permitas que os meus perseguidores
Consigam me alcançar.
Assim cantarei confiante:
“Tu és mesmo o meu Salvador”.
(35.4)
Confunda,
Até que fiquem desmoralizados
Os que planejam me eliminar.
Faça com que sejam humilhados
Os que querem me matar.
(35.5-8)
Manda teu anjo transformar
Os planos deles em palha
Que o vento espalha.
Manda teu anjo tornar
Escuro e escorregadio o caminho
Dos que querem me prejudicar.
Sem razão, ciladas me armaram.
Sem motivos, meu caixão encomendaram.
(35.8-10)
Destrua os inimigos,
Quando eles menos esperarem.
Enrola-os na corda
Que traiçoeiramente prepararam para me pegar.
Quando tudo isto acontecer,
Em ti vou me alegrar,
Porque de ti o livramento vem.
Eis a canção que vou entoar:
“Quem é tão poderoso quanto Deus Eterno?
Só tu arrancas o aflito das mãos do forte.
Só tu livras o pobre das mãos do opressor.
Só tu libertas o necessitado das mãos do explorador”.
(35.8-10)
Confesso que sofri
Quando disseram mentiras sobre mim,
Fazendo-me perguntas sobre assuntos que ignorava.
Eu lhes fiz o bem,
Mas eles me pagaram com o mal,
E isto me deixou perturbado.
Mesmo quando ficaram doentes,
Por eles orei,
Com eles lamentei,
Por eles jejum guardei,
De tristeza, me encurvei.
Como irmãos os tratei.
De luto por eles durante muito tempo andei.
E o que ganhei?
(35.11-16)
Quando fraquejei,
Eles se alegraram,
Contra mim conspiraram.
Bandidos contrataram
E sem trégua me atacaram,
De mim esses hipócritas zombaram.
Publicamente eles me insultaram.
(35.17)
Por isso, pergunto:
Até quando, o Deus Eterno,
Apenas olharás, sem nada fazer.
Então, eu te peço:
Livra-me da violência dessa gente,
Arranca-me dos dentes desses devoradores.
(35.18)
Sei que ainda te cantarei louvores
Na grande congregação,
Ainda te celebrarei feliz no meio da multidão.
(35.19-22)
Não permita que os que contra mim
Se reúnem celebrem a vitória.
Não deixe que me desprezem
Os que me odeiam sem motivo.
Eles não querem paz.
Antes, tramam mentiras
Contra os que amam a paz.
Eles mentem quando dizem
Que me pegaram,
Que não há salvação para mim.
O Deus Eterno, a verdade qual é tu sabe.
Não te cales.
(35.23-25)
Preciso que fiques comigo,
Ao meu lado, atento,
Para que a justiça prevaleça.
Defenda-me, oh meu querido Deus Eterno.
Tu sabes que sou inocente.
Não permitas que se divirtam
Às minhas custas.
Não deixe que dos lábios deles
Saiam cânticos de vitória,
Como se tivessem acabado comigo.
(35.26)
Traga vergonha e vexame
Para todos que se alegram
Com a minha derrota.
Humilhe grandemente
Os que arrogantemente
Tentam me destruir.
(35.27)
Quanto aos que reconhecem
Que sou correto,
Eu lhes digo:
Cantem felizes.
Alegrem-se comigo.
Exaltem sempre ao Deus Eterno, cantando:
“Graças de damos,
Porque deste vitória ao nosso amigo”.
(35.38)
Quanto a mim,
Tua justiça, celebrarei,
Com gratidão, a ti cantarei,
Oh Deus Eterno.