Não ouse não perdoar
(BOM DIA AMIGO 3663 | Israel Belo de Azevedo)
“Não posso mais condenar ou odiar um irmão por quem oro, não importam quantos problemas me cause. Seu rosto, até então estranho e intolerável para mim, transforma-se pela intercessão no semblante de um irmão por quem Cristo morreu”.
(Dietrich Bonhoeffer, 1906-1945)
Sabemos que é bom perdoar, bom para quem perdoamos e para nós mesmos, que perdoamos.
Apesar disto, às vezes não perdoamos.
Não perdoamos quando esquecemos que somos capazes de ofender também.
Não perdoamos quando, cegos e surdos para o pedido de perdão, nada escutamos, senão o som de nossos dentes batendo nervosos uns nos outros.
Não perdoamos quando deixamos que o veneno do ódio vá tomando conta de cada órgão do nosso corpo.
Não perdoamos quando ouvimos os conselhos daqueles que dizem que não devemos ser fracos ou tolos.
Não perdoamos quando sucumbimos à nossa incompetência, que elevamos à categoria de virtude.
Felizmente, perdoamos.
Perdoamos quando temos a coragem de ouvir a história do outro.
Perdoamos quando nos colocamos no lugar do outro.
Perdoamos quando tomamos a iniciativa de promover a paz.
Perdoamos quando, desejando a justiça, esperamos por ela, mas não a fazemos do nosso jeito, não nos vingamos.
Perdoamos quando olhamos o exemplo de Jesus, aquele que perdoou previamente seus próprios assassinos.
“Pois tu, Senhor, és bom e perdoador; rico em misericórdia para com todos os que te invocam”. (Salmo 86.5)
(Da série "Vale a pena ler de novo", publicado originalmente em 2011)
Bom dia!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
Uma pessoa vale pelo que lê:
