O QUE (NÃO) DAR AO(S) FILHO(S)
Diante do pluralismo de percepções acerca da tarefa educacional dos pais. O que dar e o que não dar aos filhos. Penso que o dilema pode ser resumido em quatro áreas.
1. Não dê todo ao(s) seu(s) filho(s) o tempo que eles precisam, mas dê o tempo que você puder.
Não ceda à pressão da culpa por dar um tempo que não dispõe. Faça planos de estar com eles. Planeje férias com eles. Haverá um tempo que não requererão isto mais.
Não caia na tentação de fazer dívidas para dar coisas necessárias (como boa educação e bons brinquedos) e também para fazer coisas que não são necessárias, impostas por nossa sociedade. A satisfação de todos os desejos e necessidades pode afastar o(s) filho(s) da compreensão de que devem buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça (Mateus 6.33).
3. Apresente ao(s) seu(s) filho(s) uma visão da glória de Deus.
Os conselhos de um pai valem muito, mas uma visão da glória de Deus manterá seu(s) filho(s) no caminho, não importam as circunstâncias, maravilhosas ou desastrosas (Isaías 6.1-6).
4. Ofereça ao(s) seu(s) filho(s) o que só você pode dar.
Há quatro coisas ações intransferíveis, insubstituíveis e indispensáveis, formando um anagrama: ALVO.:
Afeto – abrace, beije, carregue (no colo).
Limites – feitos de “sins” e de “nãos”. Filho não é consumidor, que “sempre” tem razão. Não faça como Davi, que nunca corrigiu um de seus filhos (I Reis 1.5-6).
Valores – densenvolvidos a partir das noções de certo e errado, sempre por meio do exemplo, com ou sem palavras.
Oração – interceda por seus filhos, estejam eles no caminho de Deus ou fora dele, parcial ou integralmente.
5. Não tenha expectativas unilaterais, que são, na verdade, invasões que geram ressentimento e baixam a auto-estima.
Criamos filhos para serem diferentes de nós, não iguais; para viverem a sua vida, não para repetirem a nossa.
6. Ajude seu(s) filho(s) a construir um sentido de missão para a sua vida (Atos 20.35).
7. Espere do(s) seu(s) filho(s) o que ele(s) pode(m) dar: Cuidado, Respeito e Carinho (Mateus 15.3-6).
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
