Mateus 9.14-17 — A ALEGRIA DA CONVIVÊNCIA CRISTÃ

COMENTÁRIO BÍBLICO DEVOCIONAL
Por ALMIR DOS SANTOS GONÇALVES JR

Mateus 9.14-17 — A ALEGRIA DA CONVIVÊNCIA CRISTÃ

Uma das coisas que mais criticavam no evangelho, durante o século passado,
era a atitude compenetrada e sisuda de boa parte dos crentes em nome de
santidade e pureza de vida. Realmente, havia uma vertente em nossas igrejas
que parecia não ver compatibilidade entre um espírito alegre e feliz e uma vida
santa. Parecia-lhes que alegria e sorrisos não se coadunavam com a nova vida
do salvo, o que lhes era motivo de crítica e reprimendas, especialmente em
relação aos jovens e às crianças.

Felizmente, isto mudou. Lembro-me, em meus tempos de jovem, que minha
participação nas atividades esportivas em clubes e associações seculares, era
motivo de certo espanto para os demais quando tomavam conhecimento de
que eu praticava o basquete, o vôley e até o futebol, pasmem, mas era crente,
“bíblia” e, sobretudo, “filho de pastor”. Isto lhes era inusitado naqueles tempos.
Hoje, o mundo já reconhece que o crente é uma pessoa normal, socialmente
falando, sem aqueles recursos de ter que assumir uma postura séria ou
discriminadora, apenas para evidenciar a sua diferença de vida.

Mas, isto não vem de hoje. O Senhor de nossas vidas já nos ensinou sobre
este assunto há dois mil anos atrás:

“Respondeu-lhes Jesus: Podem porventura ficar tristes os convidados
às núpcias, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que
lhes será tirado o noivo, e então hão de jejuar.”
Mt 9.15

Sim, nós já temos o Cristo, o nosso Salvador. Temos um Senhor Deus a
quem recorrer. Temos um Espírito Santo que nos acompanha. Como eles
estão conosco, podemos e devemos testemunhar da alegria da convivência
cristã como os discípulos de Jesus o faziam já naquela época. Nada de simulações
ou “máscaras”. Sejamos ética e moralmente alegres e felizes diante da sociedade
e estaremos celebrando a alegria da salvação que recebemos. Não podemos
permitir, isto sim, os excessos e os desregramentos, mas a alegria sadia e
equilibrada é aquilo que o Senhor Deus espera de seus santos.

Senhor,
dá-me um espírito alegre e feliz,
testemunhando para o mundo ao
redor a razão de ser desta
alegria que vem de ti.