Santa ignorância

(BOM DIA AMIGO 3766 | Israel Belo de Azevedo)

“A ignorância seletiva era uma grande arma de sobrevivência, talvez a melhor”.

(Jonathan Franzen, 1959-*)

Os noticiários e os comentários estão cheios de informações sobre pessoas que não conhecemos.
“Fulano se separou de Beltrano depois de um flagrante de traição” — eis o que garante uma reportagem e nos pomos a ler para saber coisas de personagens cujos nomes nunca ouvimos.
Talvez, antes sobre quem são esses famosos, a alguém próximo perguntemos.
E pode ser até que, com nossos lábios agitados, algum lado da refrega escolhamos.
O mundo artificial das informações e revelações irrelevantes precisa que as leiamos, vejamos, discutamos.
No entanto, o que devemos fazer é celebrar a nossa ignorância.
Para que gastarmos nosso tempo e nosso dinheiro com o que não tem nenhuma importância?
Para que tornar real o que não tem substância?
Melhor fazemos se nos importamos com pessoas e fatos cujos atos provocam prejuízo ou geram benefício.
Seguimos bem quando, diante da algaravia de sons inúteis, exercitamos o silêncio.
Não temos que nos envergonhar de não saber o que já nos chega parecendo necessário, mas não passa de reles comércio.
Nosso tempo é precioso demais para semelhante desperdício.

“Por que vocês gastam o dinheiro naquilo que não é pão, e o seu suor, naquilo que não satisfaz? Ouçam com atenção o que eu digo, comam o que é bom e vocês irão saborear comidas deliciosas”. (Isaías 55.2)

Bom dia!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
www.prazerdapalavra.com.br