A FAMÍLIA DE JESUS
Mateus 12.46-50
1. “Jesus falava ainda” (v. 46). Há sempre pessoas e circunstâncias que, voluntariamente ou não, nos afastam do que é central em nossas vidas.
Não é desprestígio à família. Elas buscava um prestígio (a interrupção pode ser vista como uma demonstração de status) descabido. Maria era apenas a sua mãe, não sua senhora. Seus irmãos eram seus irmãos, não seus controladores. Jesus sempre afirmou a família. Há várias referências a seus irmãos.
Mateus 13:55 Por acaso ele não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Ele não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas?
João 2:12 Depois disso, Jesus, a sua mãe, os seus irmãos e os seus discípulos foram para a cidade de Cafarnaum e ficaram alguns dias ali.
João 7:3 Então os irmãos de Jesus disseram a ele: -Saia daqui e vá para a Judéia a fim de que os seus seguidores vejam o que você está fazendo.
João 7:10 Depois que os seus irmãos foram à festa, Jesus também foi, mas fez isso em segredo e não publicamente.
Atos 1:14 Eles sempre se reuniam todos juntos para orarem com as mulheres, a mãe de Jesus e os irmãos dele.
Próximo de morrer, Jesus se preocupou com o destino de Maria, entregando-a aos cuidados de João.
Ele teve que enfentar a incredulidade dos seus irmãos. – João 7:5 Até os irmãos de Jesus não criam nele.
Quando, no entanto, o objetivo da família era desviá-lo da missão, Ele não o permitia. Neste caso, a família podia esperar. Falar com a sua família naquele momento era desviar-se da tarefa, embora por uma razão nobre.
Há situações que nos impedem de continuar/terminar o que começamos.
Falhamos quando queremos fazer tudo ao mesmo tempo. Falhamos quando não temos o senso da prioridade.
Jesus tinha um projeto de vida: salvar.
2. “Estão lá fora” (v. 47) – As pessoas que nos desviam não participam dos nossos ideais. Estão “por fora” da nossas vidas, mesmo que, por vezes pareçam fazer parte delas.
São os críticos de plantão. Críticos são os que gostam de ensinar a fazer, mas não a fazer; são os que ficam à espreita de um erro, para condenar quem o comete, não para ajudá-lo. Os artistas criticam, às vezes, com razão os críticos de poesia que nunca escreveram uma, os críticos de cinema que nunca dirigiram um filme.
São os oportunistas. Oportunistas são os que gostam de tirar alguma vantagem de uma idéia do outro, de um relacionamento com o outro. Gostam de parecer amigos dos que estão no poder.
São os torcedores do contra. Eles não têm time, porque torcem contra todos.
As críticas são bem-vindas, se visam ajudar o criticado.
Não podemos dar ouvidos a estes “por fora”. Estes “por fora” não podem determinar nossas vidas.
3. “Eis” (v. 49) – O cristianismo inaugura um novo tipo de relacionamento, que não exclui o parentesco de sangue, mas vai além, ao oferecer o parentesco espiritual pelo sangue de Jesus.
O parentesco espiritual não exclui a unidade pela fé, mas vai além, ao esperar a obediência à vontade de Deus.
Há muitos cristãos, evangélicos inclusive, que não estão empenhados em fazer a vontade de Deus. Esses são aqueles que dizem “Senhor, Senhor!”, esquecidos que só entrarão no reino dos céus aqueles que tiverem feito a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mateus 7.21).
Para muitos, ser cristão significa apenas uma adesão à igreja. Não! Ser cristão implica em adesão a Cristo, por meio da igreja. Só é cristão, diz Jesus, quem faz a vontade de Deus. Ele mesmo a cumpria (Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. – João 6.38).
O que é fazer a vontade de Deus?
. Aceitar seu convite à comunhão, a partir da salvação. (De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. — João 6.40 ).
A aceitação deste convite nos torna membros da família de Deus.
Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé (Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. — Gálatas 6.10).
. Buscar a santificação. (Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação (1Tessalonicenses 4.3-5.7). Para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. (1Pedro 4.2)
. Adotar a gratidão, não a reclamação, como estilo de vida. (Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco — Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco — 1Tessalonicenses 5.18)
. Praticar o bem. Assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos (1Pedro 2.15).
A vontade de Deus é uma só. Quem a pratica é verdadeiramente irmão. É o que podemos ter em comum.
A igreja deve ser uma família… composta por aqueles que fazem a vontade de Deus. Estes são membros da família de Deus (por [Jesus Cristo], ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito (Efésios 2.18-22)